Disputar o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão é um privilégio para poucos. Para se ter uma ideia: em 2019, relatório da CBF informou que havia no país 90 mil jogadores profissionais em atividade. Naquele mesmo ano, apenas 690 desses 90 mil entraram em campo pela Série A, um percentual de apenas 0,76%. Mas a autoestima do torcedor brasileiro é muito maior do que a dificuldade que os números revelam.
Pesquisa inédita encomendada pelo Bolavip Brasil perguntou aos fãs de futebol pelo país: você teria condições de se tornar jogador de futebol profissional de elite se tivesse a chance? E a quantidade de pessoas seguras que têm o que é preciso para a tarefa impressionou: 57% dos homens responderam que sim.
Metodologia
A pesquisa foi realizada pela agência de pesquisa de mercado RWB, com sede em Londres, na Inglaterra. Ela ocorreu entre os dias 25 e 28 de novembro do ano passado e contou com a participação de 2.033 participantes. Ela seguiu os códigos de conduta da Sociedade de Pesquisa de Mercado do Reino Unido (Marketing Research Society, em inglês).
Homens e jovens adultos são os mais confiantes nas suas habilidades
O ápice da autoestima, afinal, se encontra entre os homens. Eles com 57% deles respondendo que seriam capazes de jogar na Série A, se tivessem tido a chance. Esse número, todavia, cai para 39% quando as mulheres respondem à mesma pergunta.
Assim, jovens adultos também acreditam mais neles mesmos: 57% dos que responderam à pesquisa na faixa etária entre 25 e 34 anos têm a convicção de que poderiam ser jogadores de futebol.
Nortistas: os mais confiantes nas próprias habilidades futebolísticas
A pesquisa, aliás, revelou também que há diferenças significativas entre como as pessoas percebem suas próprias habilidades futebolísticas, dependendo da região do país onde vivem. Assim, enquanto 59% dos moradores da Região Norte disseram que poderiam se tornar jogadores de futebol de elite, 36% dos sulistas responderam que não.
Nas outras regiões do país, o percentual é próximo: 48% dos nordestinos, 42% dos moradores do Centro-Oeste e 41% dos sudestinos se enxergam como potenciais jogadores de futebol da primeira divisão. Dos sacrifícios, menos tempo com a família é o mais aceito
A pesquisa também elencou 11 sacrifícios que jogadores de futebol profissional são obrigados a fazer ao longo da carreira e perguntou aos entrevistados quais deles estariam dispostos a aceitar. O sacrifício mais fácil é passar menos tempo com a família: 20% respondeu que o faria para ser jogador de futebol.
Já a tolerância com a violência que é rotina na vida dos jogadores de futebol no Brasil é muito menor: apenas 5% dos entrevistados respondeu que seria capaz de lidar com ameaças ou agressões físicas e verbais sem o direito de reagir à altura para ter uma carreira como jogador de futebol profissional.
Dos entrevistados, 16% responderam que seria melhor do que Alisson
Outra pergunta foi feita aos entrevistados da pesquisa: se você se tornasse jogador de futebol, seria melhor do que qual jogador, comparativamente falando?
Foi oferecida uma lista de 15 jogadores brasileiro em atividade, no Brasil e no exterior. Dois goleiros (Alisson e Cássio), três jogadores de defesa (Danilo, David Luiz e Thiago Silva), quatro jogadores de meio de campo (Casemiro, Felipe Melo, Fernandinho e Lucas Paquetá) e seis atacantes (Neymar, Vini Jr, Richarlison, Rony, Yuri Alberto e Gabigol).
Dos entrevistados, 19% afirmaram que não seriam melhores do que nenhum dos jogadores citados. Já 16% responderam que, se tivessem a chance de ser jogadores profissionais de futebol, seriam melhores do que Alisson, goleiro do Liverpool (ING) e da seleção brasileira nas últimas duas Copas do Mundo.
O jogador, aliás, menos citado foi Richarlison, atacante do Tottenham (ING). Apenas 5% dos entrevistados disseram que seriam melhores do que o Pombo.
| | Parte dos torcedores brasileiros acreditam que podem disputar uma Série A