CRUZEIRO

Cruzeiro briga, mas não suporta pressão do Corinthians e é vice do Brasileiro Feminino

Campanha histórica do Cruzeiro no Brasileiro Feminino chegou ao fim neste domingo (14/9), com derrota por 1 a 0 para o Corinthians, na Neo Química Arena, pela grande final

Compartilhe
google-news-logo

Na escalada da montanha chamada Campeonato Brasileiro Feminino, a bandeira azul e branca tremulou em níveis nunca vistos anteriormente. E por pouco não chegou ao topo. Neste domingo (14/9), no frio de São Paulo, o Cruzeiro brigou, mas não suportou a pressão exercida pelo Corinthians, que venceu a segunda partida da final do Campeonato Brasileiro Feminino por 1 a 0 e conquistou o sétimo título do torneio nacional.

A derrota no último degrau não apaga a trajetória recheada de ineditismos: o Cruzeiro avançou ao mata-mata da competição em primeiro lugar, chegou à decisão, conquistou vaga na Copa Libertadores de 2026 e solidificou conexão com a torcida – na caminhada, o time quebrou o recorde de público do futebol feminino de clubes em Minas Gerais.

Mandante e ‘carregado’ por mais de 40 mil pessoas, o Corinthians fez o que era esperado: ditou o ritmo da partida, controlou a posse de bola e pressionou. O Cruzeiro, que arrastou pelo menos 200 torcedores de Belo Horizonte, entrou em campo com uma proposta defensiva e se destacou justamente pela solidez no aspecto.

No segundo tempo, desenho muito parecido. A diferença essencial foi o êxito corintiano. Ainda aos 4 minutos, a zagueira Thais Ferreira aproveitou rebote e abriu o placar. Na sequência, a Raposa investiu no setor ofensivo, mas pecou nos detalhes e não conseguiu recuperar o prejuízo. Pela primeira vez na história, as Cabulosas colocarão no peito a medalha de prata do Brasileiro. Aos poucos, o clube cria casca, aspecto tão destacado pelo técnico Jonas Urias.

Próximos jogos de Corinthians e Cruzeiro

O Corinthians ainda briga em duas competições: na Copa do Brasil e no Campeonato Paulista. O próximo jogo pelo torneio mata-mata é nesta quarta-feira (17/9), às 15h, contra o Juventude, no Parque São Jorge, em São Paulo, pela quarta rodada. Depois, sábado (20/9), o Timão recebe o Santos no mesmo local, às 11h, pela nona rodada do estadual.

O Cruzeiro, por sua vez, volta as atenções ao Campeonato Mineiro. As Cabulosas estreiam no Estadual já no próximo sábado (20/9), às 15h, contra o Araguari, na Arena Gregorão, em Contagem – o estádio será a casa das Cabulosas na primeira fase.

Corinthians x Cruzeiro

1º tempo truncado

Técnico do Cruzeiro, Jonas Urias mexeu em uma pela em relação à partida anterior. Gaby Soares entrou na vaga de Vanessinha: meio-campo povoado e duas atacantes.

A partida começou como esperado: pressão do Corinthians, que entrou em campo com quatro atacantes e tinha a favor mais de 40 mil vozes. Enquanto isso, o Cruzeiro se atentava à marcação e jogava por uma bola. Um dos objetivos da equipe, exposto pelo técnico Jonas Urias, era justamente conter o ímpeto inicial das mandantes.

Jaque, Gabi Zanotti, Andressa Alves… de diferentes formas, o Corinthians tentou. O insucesso é mérito da solidez defensiva do Cruzeiro. Ao longo dos minutos, a Raposa esfriou a pressão e até ensaiou descidas – Byanca Brasil teve uma oportunidade de falta, por exemplo. Entretanto, faltou conexão entre os blocos, criatividade e decisões rápidas.

Aos 34 minutos, o Cruzeiro arrepiou. Em bate rebate após cobrança de falta, Gaby Soares arriscou na grande área e carimbou o travessão. A bola seguiu viva, a Raposa insistiu novamente, mas sem êxito, tiro de meta para a goleira Nicole. Na reta final, o Corinthians voltou a pressionar e investiu na bola aérea, forte também das visitantes. Outro denominador comum entre as equipes é a quantidade de faltas ‘táticas’.

2º tempo

Todo o cenário do início do primeiro tempo se repetiu na segunda etapa: pressão total do Corinthians. Dessa vez, entretanto, o Cruzeiro não suportou. Aos 4 minutos, Duda Sampaio finalizou do canto direito. Camila defendeu, mas, no rebote, a zagueira Thais Ferreira foi oportunista e abriu o placar para o Timão: 1 a 0.

Para buscar o resultado e aproveitar eventuais espaços deixados pelo Corinthians, Jonas Urias mexeu e reforçou o ataque. Lelê entrou na vaga de Pri Back, enquanto Vanessinha substituiu Marília. Consequentemente, Byanca Brasil, que antes atuava como a referência ofensiva, caiu para o lado.

Apesar do investimento no setor ofensivo, o Cruzeiro pouco assustou. A Raposa pecou em alguns detalhes, deixou a desejar nas decisões finais e não conseguiu converter. Da arquibancada, a torcida celeste seguiu cantando. No último lance, Lelê ainda desperdiçou chance clara.

CORINTHIANS X CRUZEIRO

Corinthians

Nicole; Thais Ferreira, Erika, Mariza e Tamires; Day Rodríguez (Vic Albuquerque, no intervalo), Duda Sampaio (Letícia Monteiro, aos 34′ do 2ºT); Gabi Zanotti (Ariel, aos 41′ do 2ºT), Jaqueline, Jhonson (Gi Fernandes, aos 34′ do 2ºT) e Andressa Alves (Yaya, aos 19′ do 2ºT). Técnico: Lucas Piccinato.

Cruzeiro

Camila; Paloma Maciel (Miriã, aos 47′ do 2ºT), Isa Haas, Vitória Calhau; Isa Chagas, Gisseli (Letícia Alves, aos 39′ do 2ºT), Bedoya, Pri Back (Letícia Ferreira, aos 12′ do 2ºT) e Gaby Soares (Patrícia Sochor, aos 39′ do 2ºT); Marília (Vanessinha, aos 12′ do 2ºT) e Byanca Brasil. Técnico: Jonas Urias.

  • Motivo: Volta da final do Brasileiro Feminino
  • Local: Neo Química Arena, em São Paulo
  • Data: 14 de setembro de 2025, às 10h30
  • Gols: Thais Ferreira, aos 4′ do 2ºT (COR)
  • Árbitra: Deborah Cecilia Cruz Correia (PE)
  • Auxiliares: Leila Naiara Moreira da Cruz (DF) e Brigida Cirilo Ferreira (AL)
  • VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
  • Cartões amarelos: Paloma Maciel, aos 20′ do 1ºT (CRU); Duda Sampaio, aos 33′ do 1ºT (COR); Jhonson, aos 34′ do 2ºT (COR); Tamires, aos 37′ do 2ºT (COR)
  • Cartão vermelho: –
  • Público: 40.727
  • Renda: 1.237.699,00
Compartilhe
google-news-logo