O baiano Antônio Trócoli, que se preparou por anos na prestigiada equipe Full House, em Belo Horizonte, retorna ao UFC neste sábado (6/12), em Las Vegas, com uma história de bastidor que agitou a mídia nos Estados Unidos. Ele embolsou uma fortuna nas mesas de pôquer enquanto se recuperava de uma lesão.
A trajetória de Antônio Trócoli sempre foi de luta, literalmente. Baiano de origem, ele consolidou a carreira em Minas Gerais, treinando e representando a Full House, na Região da Pampulha. No entanto, o que tem chamado a atenção antes do retorno ao octógono contra o americano Mansur Abdul-Malik, pelo UFC 323, é sua nova e lucrativa atividade paralela.
O site norte-americano MMA Fighting destacou que o lutador brasileiro faturou impressionantes US$ 200 mil – aproximadamente R$ 1 milhão na cotação atual – jogando pôquer apenas em 2025. O valor, segundo o atleta, é muito maior do que ele ganhou em toda a carreira nas lutas.
Trócoli ainda explicou como conciliou os treinos na academia com as longas noites nas mesas de pôquer.
“O que acontece com o pôquer no Brasil é que os torneios começam tarde e varam a noite. E por começarem tarde, eu sempre tive que fazer um esforço para dormir menos, mas ainda assim forçar com aqueles ‘treinos de terror, de pânico’, dando o meu máximo por 15 minutos, mas focando mais nas cartas porque é dinheiro, e as contas não mentem. Quando você chega à mesa final, está ganhando dinheiro, então estou empolgado com essa transição. Tenho jogado bem, ganhado bem”.
Antônio Trócoli, lutador peso-médio do UFC
Foco no UFC
Apesar do sucesso no jogo, Trócoli mantém o foco no octógono, onde busca a primeira vitória no UFC. Com duas derrotas na organização, o baiano considera a luta deste sábado o momento da virada.
“Eu me considero um jogador de pôquer que luta MMA”, brincou. “Mas eu ainda sou um lutador de MMA que joga pôquer por causa das minhas prioridades – esse é o meu plano A. Mas hoje o pôquer tem sido mais lucrativo. Não é nem que a luta pague mal, é porque passei muito tempo sem lutar por causa de uma lesão. Foi por isso que entrei no pôquer e me dediquei mais a estudar, porque tive uma lesão na coluna. Querendo ou não, desde o ano passado até agora eu ganhei mais dinheiro jogando”, salientou.
Motivado pela nova oportunidade concedida pelo presidente do UFC, Dana White, o lutador se mostra pronto para o desafio. “Agora estou planejando voltar, fazer uma boa luta em um bom card, uma boa oportunidade que [Tiki Ghosn] e Dana White me deram. Eu sei que é uma luta dura, uma luta difícil, mas não sou o tipo de cara que foge de lutas difíceis, sabe?”, concluiu.