O técnico português Leonardo Jardim definiu nesta segunda-feira (15/12) que não permanecerá no Cruzeiro para 2026. A saída foi sacramentada menos de 24 horas após a eliminação celeste para o Corinthians, nesse domingo (14/12), na semifinal da Copa do Brasil.
Além de Jardim, deixam o clube os auxiliares José Barros, Antonio Vieira e Diogo Dias.
“Somos gratos por toda a dedicação, comprometimento e profissionalismo durante o ano. Desejamos muito sucesso na sequência das trajetórias dos profissionais”, disse o Cruzeiro, em nota.
O Cruzeiro informa que o treinador Leonardo Jardim não seguirá no comando técnico da equipe na temporada 2026.
— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) December 15, 2025
Junto com Jardim, deixam o clube os auxiliares José Barros, Antonio Vieira e Diogo Dias.
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Mesmo com a perda da Copa do Brasil, Jardim era visto com bons olhos pela alta cúpula celeste e recebeu até proposta de renovação de contrato por cinco anos. Presidente do Cruzeiro, Pedro Lourenço ressaltou publicamente a vontade de continuar com o técnico para as próximas temporadas. Mas foi opção do português encerrar seu ciclo no Brasil.
Chegada de Jardim ao Cruzeiro
Jardim treinou o Cruzeiro de fevereiro a dezembro de 2025. O técnico substituiu Fernando Diniz no cargo. Antes de chegar à Toca da Raposa, Jardim comandava o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos.
Eliminação na semifinal do Campeonato Mineiro
No Campeonato Mineiro, o treinador deu os primeiros passos com a camisa do Cruzeiro. A Raposa jogou muito mal nesse início e não conseguiu chegar à final do torneio.
O Cruzeiro foi eliminado pelo América na semifinal. As equipes empataram os dois jogos por 1 a 1, mas o Coelho venceu por 4 a 2 nas penalidades.
Com Jardim, que assumiu o time no fim da primeira fase e foi até a semifinal, o Cruzeiro teve dois empates e uma derrota em três jogos – 22% de aproveitamento.
Queda na fase de grupos da Sul-Americana
A Copa Sul-Americana foi a competição internacional de 2025 do Cruzeiro, que também não atuou de forma satisfatória e acabou eliminado na terceira posição, com cinco pontos.
Seu grupo tinha Mushuc Runa, do Equador; Palestino, do Chile; e Unión, da Argentina. O Cruzeiro conseguiu uma vitória, dois empates e três derrotas – 27% de aproveitamento.
Jardim citou em diferentes oportunidades que não valorizava o torneio e escalou os reservas em cinco dos seis jogos. Mas, até quando os titulares entraram em campo, o time tropeçou.
Campeonato Brasileiro acima das expectativas
Depois de início de ano desastroso, o Cruzeiro iniciou o Campeonato Brasileiro sem grandes expectativas. O time, no entanto, foi crescendo de rendimento ao longo da competição.
O mérito do técnico Leonardo Jardim foi ter tido a coragem de sacar os atacantes Gabigol e Dudu do time titular a partir do jogo contra o São Paulo, em abril. O primeiro ficou no banco até o fim do ano, enquanto o segundo rescindiu contrato e acertou com o Atlético.
A Raposa flertou com a briga pelo título durante parte do Campeonato Brasileiro, mas não teve fôlego para seguir os passos de Flamengo e Palmeiras. O time carioca conquistou o troféu, com 79 pontos. O Verdão ficou em segundo, com 76. O Cruzeiro acabou em terceiro, com 70.
Única derrota na Copa do Brasil custou classificação à final
A Copa do Brasil passou a ser o grande sonho do Cruzeiro na atual temporada. A campanha foi iniciada com duas vitórias tranquilas sobre o Vila Nova-GO: 2 a 0 no Mineirão e 3 a 0 no Serra Dourada. Em seguida, o time celeste teve dificuldades contra o CRB: empatou em casa por 0 a 0 e venceu fora por 2 a 0.
Nas quartas de final, duas vitórias tranquilas sobre o maior rival, o Atlético, ambas por 2 a 0, no Mineirão e na Arena MRV. Depois da classificação no clássico, o favoritismo do Cruzeiro cresceu.
Apontado como o melhor time das semifinais, a Raposa acabou caindo para o Corinthians. Em casa, jogou mal e sofreu 1 a 0. No jogo da volta, em São Paulo, venceu por 2 a 1, mas perdeu nos pênaltis: 5 a 4.
Números de Jardim no Cruzeiro
- 55 jogos
- 26 vitórias
- 18 empates
- 11 derrotas
- 58,2% de aproveitamento
