MINEIROS EM PARIS

Paris 2024: Mineira Ana Sátila fica em 4º e faz história na canoagem

Aos 28 anos, atleta brasileira alcançou o melhor resultado da história do Brasil na canoagem slalom; veja tempo
Foto do autor
Compartilhe

Ana Sátila ficou no quase! A mineira, natural de Iturama, no Triângulo Mineiro, chegou a grande final da canoagem slalom no K1 feminino e terminou a prova em quarto lugar, neste domingo (28/7). Apesar da ausência de pódio, ela fez história.

Com um tempo de 100.68 e sem penalizações, Sátila fez a descida em menos tempo do que em sua prova de semifinal. Assim, em Vaires-Sur-Mane, a brasileira conquistou o melhor resultado brasileiro da história na canoagem slalom.

Ela chegou a ficar em segundo lugar até as três últimas atletas descerem. O ouro ficou com a australiana Jessica Fox.

“Está sendo o momento mais difícil da minha carreira. Em nenhum momento em imaginei ficar em quarto, eu estava sonhando muito com essa medalha todos os dias. Estava muito positiva e me sentindo muito bem na água.”

“Tem sido tão difícil os treinamentos aqui. Então, ao mesmo tempo que estou contente por ter entregado o meu melhor, estou triste por ter chegado tão perto. É analisar o que aconteceu, onde eu perdi tempo e melhorar”, disse Ana Sátila após a prova.

Essa foi a quarta vez que Ana Sátila disputou os Jogos Olímpicos. Ela estreou em Londres 2012, quando tinha apenas 16 anos. Depois, disputou a Rio 2016 e Tóquio 2020, em 2021, mas não conseguiu cumprir a meta.

Ela ainda disputará as provas de canoagem slalom C1 (canoa individual) e cross nos próximos dias.

Início de Ana Sátila

O caminho até se tornar uma das atletas de elite da canoagem não foi simples. Ana Sátila deixou Iturama, cidade de pouco menos de 40 mil habitantes, logo cedo. Partiu com os pais Cláudio e Márcia Vieira para Primavera do Leste, no Mato Grosso. Adolescente, mudou-se novamente, desta vez para o Paraná, onde integrou as categorias de base da Seleção Brasileira.

Dona Márcia não a deixou ir sozinha e arrumou um emprego na pousada onde se hospedavam os atletas da equipe, em Foz do Iguaçu, fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai. A pequena Omira, três anos mais nova que a irmã Ana, foi junto e também passou a se dedicar à modalidade.

A partir daí, Ana – que havia começado na natação, a exemplo do pai – se tornou na principal brasileira da modalidade. Não á toa, venceu títulos na base e no profissional.

Compartilhe