A primeira semana de Olimpíada terminou com um sentimento agridoce para o Brasil. Enquanto alguns atletas se consagraram, outros – teoricamente candidatos ou favoritos ao pódio – se frustraram com resultados aquém do esperado. Agora, a hora é de olhar para frente. Dá para melhorar? Quem, afinal, pode brigar por medalhas nesta segunda e última semana de Jogos Olímpicos em Paris? Ponto a ponto, o No Ataque faz as projeções a seguir.
PODEM SURPREENDER
Saltos ornamentais
Este é um caso de uma atleta que não é favorita, mas pode surpreender. Ingrid Oliveira está na terceira Olimpíada da carreira e conquistou resultados sólidos no ciclo até Paris. Se estiver em um grande dia, pode, sim, subir ao pódio na final da plataforma 10m.
- Quando: terça-feira, às 10h
Handebol
As chances do handebol feminino são, de fato, pequenas. Afinal, o Brasil vai enfrentar a poderosa Noruega nas quartas de final. Porém, a Seleção já demonstrou que pode rivalizar de igual para igual com qualquer time do mundo. Por isso, não dá para descartá-las.
- Quando: Brasil x Noruega, terça-feira, às 16h30
Wrestling
Giullia Penalber está longe de ser a favorita, mas pode, sim, surpreender na briga por medalha na categoria até 57kg do estilo livre. Ela ganhou o Pré-Olímpico Mundial de Istambul, em maio, e chega bem em Paris.
- Quando: quinta-feira, com fases iniciais a partir de 6h30
Levantamento de peso
Laura Amaro não é favorita, mas pode surpreender no levantamento de peso, categoria até 81kg.
- Quando: sábado, às 11h
CANDIDATOS AO PÓDIO
Skate park
Não é o caso de um favoritismo claro, mas o Brasil é candidato ao pódio no skate park, especialmente no masculino. O grande nome brasileiro na disputa é Augusto Akio, prata no Mundial de 2023. Luigi Cini e Pedro Barros correm por fora, assim como Raicca Ventura no feminino.
- Quando: terça-feira, às 7h (feminino); quarta-feira, às 7h (masculino). Finais a partir das 12h
Futebol
O Brasil chegou à disputa do futebol feminino como azarão. Mas surpreendeu a anfitriã França e está na semifinal. Agora, terá pela frente a poderosa Espanha, atual campeã do mundo. Se perder ou ganhar, disputará uma medalha contra Alemanha ou EUA. Apesar de ser a seleção menos forte do quarteto, precisa apenas de uma vitória em dois jogos para subir ao pódio. E já mostrou que é possível
- Quando: terça-feira (Brasil x Espanha), às 16h
Marcha atlética
Após a prata no individual, Caio Bonfim se junta a Viviane Lyra e sonha com uma medalha na marcha atlética mista, na maratona de 42km. E é possível. Embora não sejam favoritos, os brasileiros têm bons resultados, como o quinto lugar no Mundial deste ano. A dupla estava na liderança, mas Viviane sofreu uma punição e precisou ficar dois minutos parada.
- Quando: quarta-feira, às 2h30
Taekwondo
O Brasil tem algumas possibilidades de medalha no taekwondo. As principais delas são Caroline Santos, a ‘Juma’, e Maria Clara Pacheco. Henrique Marques e Edival Pontes podem surpreender, mas aparecem com menos chances.
- Quando: de quarta-feira a sábado, às 4h, com disputa por medalha a partir de 15h19
Ginástica rítmica
A ginástica rítmica brasileira vem conquistando resultados expressivos nas últimas competições e chega como candidata ao pódio na disputa por equipes em Paris. Na última disputa a nível internacional antes dos Jogos, a Seleção Brasileira foi prata na Copa do Mundo.
- Quando: classificatória na sexta-feira, a partir das 5h; final no sábado, às 9h
FAVORITOS AO PÓDIO
Ginástica artística
Rebeca Andrade pode conquistar mais duas medalhas para o Brasil. Nesta segunda-feira (5/8), ela disputa as finais da trave e do solo, com chances de subir ao pódio nas duas – especialmente na segunda. Na trave, o cenário é mais imprevisível: a própria Rebeca admite que é uma disputa na qual não se sente tão confiante.
- Quando: segunda-feira, às 7h38 (trave) e 9h23 (solo)
Atletismo
O Brasil tem uma grande chance de medalha no Stade de France: Alison dos Santos, o Piu. Medalhista de bronze em Tóquio 2020, ele chega como favorito a um novo pódio nos 400m com barreiras, a prova mais equilibrada do atletismo mundial. A concorrência é pesada, com Rai Benjamin (EUA) e Karsten Warholm (Noruega) no mesmo nível dele. O trio deve formar o pódio. A dúvida é a cor da medalha de cada um. Em 2024, o estadunidense tem conseguido os melhores resultados. Há outras possibilidades de pódio, mas remotas.
- Quando: classificatórias dos 400m com barreiras a partir de segunda-feira, às 5h05, com final na sexta-feira, às 16h45
Surfe
O Brasil é favorito a conquistar medalhas – no plural – no surfe. No feminino, Tatiana Weston-Webb enfrenta Brisa Hennesy, de Costa Rica, na semifinal; no masculino, Gabriel Medina encara o australiano Jack Robinson. Os dois costumam ir muito bem no Taiti, local de disputa da modalidade. Medina, em especial, é favorito ao ouro.
- Quando: segunda-feira, com semifinais a partir das 14h (masculino) e 15h12 (feminino)
Vôlei de praia
Após passar em branco em Tóquio 2020, o Brasil é candidato a ao menos um pódio no vôlei de praia em Paris. A dupla formada pela mineira Ana Patrícia e Duda é a número 1 do mundo e tem condições de brigar pelo ouro. Carol Solberg/Bárbara Seixas e Evandro/Arthur correm por fora, mas também com chances.
- Quando: segunda-feira, às 16h, com outros horários ao longo da semana
Canoagem de velocidade
Um dos maiores atletas olímpicos brasileiros da história, Isaquias Queiroz chega a Paris após um ciclo bem atribulado. Porém, informações nos bastidores dão conta que o baiano de 30 anos está bem e em viés de alta. Por isso, é candidato ao pódio – quem sabe, a duas medalhas. Ele vai disputar a prova do C1 1000m como favorito e tentará buscar também no C2 500m ao lado de Jacky Godmann.
- Quando: classificatórias – terça-feira, a partir de 5h30 (C2); quarta-feira, a partir de 6h40 (C1)
Vôlei
A Seleção Brasileira Feminina de Vôlei é uma das candidatas ao ouro em Paris, mas a disputa tem pelo menos outras cinco equipes muito fortes. No masculino, as chances são bem menores, fundamentalmente pelo desempenho irregular do time. As duas estão nas quartas de final.
- Quando: Brasil x EUA (masculino), terça-feira, às 16h; feminino com data e horário indefinido.
Maratona aquática
Campeã olímpica em Tóquio 2020, Ana Marcela Cunha é favorita ao pódio em uma prova muito competitiva, que será disputada no Rio Sena. Ela viveu um ciclo de altos e baixos até Paris, que contou com medalha de ouro em competição com todas as principais rivais e lesão que a afastou das disputas. No masculino, Guilherme Costa, o Cachorrão, vai se aventurar na prova e aposta na imprevisibilidade para, quem sabe, surpreender – as chances, contudo, são bem menores.
- Quando: quinta-feira, às 2h30 (feminino); sexta-feira, às 2h30 (masculino)
