O árbitro Ramon Abatti Abel (Fifa/SC) relatou na súmula o motivo de ter expulsado o técnico Fernando Diniz, do Fluminense, no empate por 1 a 1 com o Atlético-MG nessa quarta-feira (21/6). A partida no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, valeu pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Diniz recebeu um cartão amarelo aos 53 minutos do segundo tempo por, segundo a súmula, “protestar de maneira acintosa, gesticulando de braços abertos, contra as decisões da arbitragem, após a marcação de uma falta contra sua equipe”.
Na entrevista pós-jogo, o técnico admitiu ter ficado irritado com a punição. Era o terceiro cartão amarelo de Diniz, o que lhe suspenderia do jogo com o Bahia, sábado (24/6), às 18h30, no Maracanã, pela 12ª rodada.
“Em relação ao que aconteceu, teve a confusão do André e do (Guilherme) Arana. O banco do Atlético-MG veio todo aqui no banco, e ele (árbitro) resolveu com um cartão amarelo para o André e para o Arana. Resolveu dessa forma”, iniciou Diniz, durante a coletiva.
“No lance do John Kennedy o banco do Fluminense levantou. O bandeirinha estava muito longe de mim e falou para me dar amarelo porque o banco todo levantou. Sendo que com o Atlético-MG, ele só aplicou às pessoas do banco. Minha reclamação foi essa. Agora ele está usando o argumento de que eu fiz a reclamação acintosa. Vamos ver o que ele vai colocar na súmula”, continuou.
“Como eu tinha dois amarelos, eu falei vou ficar fora do banco porque você vai fazer um negócio desses? Porque não tem critério”, finalizou o treinador.
Cartão vermelho a Diniz
Irritado, Diniz intensificou as críticas ao quarto árbitro Felipe da Silva Gonçalves Paludo (RJ). Então, o técnico do Fluminense recebeu o vermelho. Na súmula, a arbitragem justifica a expulsão:
“Por sair da área técnica com dedo em riste em direção ao árbitro assistente número 1, senhor Alex dos Santos, gritando agressivamente as seguintes palavras: ‘Agora chama ele pra me expulsar, porra, caralho, me tirou do próximo jogo, você tá maluco’. Após ser expulso, o referido técnico continuou a proferir palavras agressivas contra o assistente repetidas vezes: ‘Você tá louco, quer aparecer às minhas custas, eu vou ficar aqui. Informo que o jogo ficou paralisado por dois minutos e 30 segundos, pois o técnico expulso se negou a sair do campo de jogo”.
