Antes do início da Olimpíada de Paris, a equipe de Rayssa Leal tem depositado energias em uma missão: conseguir uma credencial para Lilian Mendes, mãe da skatista. A intenção é que a mulher, devidamente regularizada, durma na Vila Olímpica e faça companhia para a filha.
Em entrevista ao podcast Maquinistas, a empresária Tatiana Braga explicou: “Na regra, é dito que, com 16 anos, ela não tem direito a ter um responsável. Mas, pela nossa legislação, ela tem que ter. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Rayssa não pode ser acomodada em um lugar que não tenha um responsável legal próximo dela. É algo que ela quer muito”.
No entanto, segundo o jornalista Demétrio Vecchioli, o Comitê Olímpico Internacional (COI) já tomou a decisão, e a equipe de Rayssa Leal não conseguirá a credencial.
Como reforçado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a entidade que organiza os Jogos Olímpicos permite a companhia de acompanhantes somente a atletas menores de 16 anos. Por isso que Lilian Mendes acompanhou Rayssa Leal de perto na Olimpíada de Tóquio’2020. Na época, a skatista tinha 14 anos. No Pan-Americano de Santiago, em 2023, por exemplo, a mãe da atleta já não pôde acompanhá-la na concentração.
No skate, as credenciais representam grande problema, já que são muitos concorrentes para poucos documentos. Entram na jogada os profissionais da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), do COB e os próprios de cada atleta.
Raysssa Leal já conseguiu uma credencial P, que será dividida entre o treinador Felipe Gustavo e um fisioterapeuta – ambos não terão acesso à Vila Olímpica. Para que a mãe seja regulamentada e possa entrar no dormitório, o COB tem de nomeá-la como técnica e dar a ela a categoria Ao.