O Comitê Olímpico do Brasil anunciou, nesta terça-feira (23/7), que Rayssa Leal será acompanhada por uma funcionária da organização durante a permanência na Vila Olímpica, em Paris. O pedido partiu da própria skatista.
Por ter 16 anos, Rayssa não tem permissão do Comitê Olímpico Internacional (COI) para ganhar uma credencial de acompanhante, como foi na Olimpíada de Tóquio 2020 – quando, aos 14, esteve acompanhada da própria mãe, Lilian Mendes.
Na última semana, esse assunto gerou certa polêmica no meio olímpico. Desde o início, o desejo de Rayssa era ser acompanhada por Lilian, assim como no Japão. A empresária Tatiana Braga, que cuida da carreira da skatista, havia dado a seguinte declaração:
“Na regra, é dito que, com 16 anos, ela não tem direito a ter um responsável. Mas, pela nossa legislação, ela tem que ter. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Rayssa não pode ser acomodada em um lugar que não tenha um responsável legal próximo dela. É algo que ela quer muito”.
Tatiana Braga, empresária de Rayssa Leal
Rayssa Leal conseguiu uma credencial P, que será dividida entre o treinador Felipe Gustavo e um fisioterapeuta – ambos não terão acesso à Vila Olímpica. Sem a credencial extra para a mãe, ela solicitou ser acompanhada por uma colaborada do COB.
As conquistas de Rayssa Leal
Nascida em Imperatriz, no Maranhão, Jhulia Rayssa Mendes Leal se tornou a mais jovem medalhista olímpica brasileira em Tóquio 2020, quando levou a prata no skate street, aos 13 anos. Ela também é a mais jovem skatista a ganhar uma final feminina da Street League Skateboarding (SLS), conquista alcançou em 2019, quando ainda tinha 11 anos.
Agora, aos 16 anos, Rayssa disputará mais uma olimpíada e tem grandes chances de trazer mais uma medalha para o Brasil. Em 2022, ela venceu o Mundial de Skate Street, e ficou com o segundo lugar em 2023.
Programação do skate street feminino na Olimpíada de Paris
- 28/7 – 7h (de Brasília) – Preliminares
- 28/7 – 12h (de Brasília) – Finais
