JOGOS OLÍMPICOS

Paris 2024: Kelvin Hoefler critica regra que deu medalha a Rayssa Leal no skate

Experiente atleta - medalhista de prata em Toquio 2020 - considera que a competição seria mais divertida para o público caso tantos erros não fossem permitidos
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Aos 16 anos, Rayssa Leal conquistou a sua segunda medalha olímpica para o Brasil: bronze no skate street feminino, no último domingo (28/7), em Paris. Na competição, as finalistas deram duas voltas de 45 segundos na pista do Parque Urbano La Concorde para realizar as manobras. Apenas a maior nota (de 0 a 100) foi levada em consideração nessa primeira parte. Na sequência, elas tiveram cinco tentativas de manobras (diferentes daquelas mostradas anteriormente), com as três piores avaliações descartadas.

Para o também brasileiro Kelvin Hoefler, de 30 anos, que competiu no skate street masculino nesta segunda-feira (29/7), a regra da modalidade que possibilita cinco tentativas de manobra deveria ser alterada. O experiente atleta – medalhista de prata em Toquio 2020 – considera que a competição seria mais divertida para o público caso tantos erros não fossem permitidos. Ele ainda avalia que o repertório de manobras apresentado pelos skatistas seria maior com a mudança na regra.

“É fato que, meu, o pessoal, erra, erra, erra, erra, erra e ganha. Acertam duas manobras e ganham. Acho que tem que ser mais legal para o público, o público tem que curtir mais. Como é no park, né? Os caras têm três voltas e vão dar as melhores voltas da vida, e é isso”, avaliou Hoefler.

Kelvin Hoefler em Paris 2024

Nesta edição dos Jogos Olímpicos, Kelvin Hoefler chegou à final so skate street masculino e terminou a competição em sexto lugar. Para o skatista, as novas gerações do esporte foram beneficiadas com a regra, uma vez que se dedicam a poucas manobras.

“Acompanhar essa nova geração é difícil, né? Essa pegada da nova geração é aprender duas manobras e ganhar, sabe? Eu e o Nyjah [Huston, 29, lenda norte-americana da modalidade, que levou o bronze] temos uma bagagem de manobras muito grande. Essa nova geração aprende de uma forma só e não tem esse leque”, afirmou.

O atleta, inclusive, não deve participar da próxima edição da Olimpíada. “Eu não aguento mais, não aguento mais. Estou cansado, preciso de férias. Estou andando de skate, sei lá, faz uns 23 anos. E nunca tive férias. Preciso de umas férias, preciso descansar. Foi uma corrida olímpica bem difícil, a gente não sabia se viria até dois meses atrás, com competição de alto nível, uma correria”, encerrou.

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