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A disputa entre WTorre e Palmeiras ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (16). A empresa que administra o Allianz Parque negou que tenha dívida de R$ 128 milhões com o clube palestrino — referente a repasses atrasados, desde 2015, de shows e demais eventos no estádio.
“Não devemos R$ 128 milhões para o Palmeiras. Os créditos e débitos de ambas as partes estão em arbitragem em curso. Uma vez decidida, será paga”, afirmou Sílvia Torre, cofundadora e presidente do conselho da WTorre S.A, em comunicado oficial.
A nota divulgada à imprensa também reafirma “que este é um modelo de negócio vencedor e que tem sido extremamente positivo para todas as partes”.
Com isso, a WTorre aguarda a arbitragem para definir o que cada parte deve pagar para a outra. Na visão da empresa que cuida do Allianz Parque, o Verdão também tem valores pendentes a serem definidos.
O capítulo é o mais recente da briga entre clube e administração do estádio, iniciada quando o Verdão passou a pressionar a Real Arenas — empresa da WTorre que cuida do Allianz Parque — pelo pagamento da tal dívida de R$ 128 milhões.
A pressão virou caso de polícia quando o Alviverde alegou apropriação indébita e associação criminosa, por parte da WTorre, à justiça. Por meio de nota oficial, a Real Arenas rebateu e repudiou o que chamou de “ataque unilateral da presidente Leila Pereira” por conta da ação.
Pelo contrato celebrado entre Palmeiras e WTorre em 2014, ano da inauguração do estádio, o clube tem direito a percentuais que crescem ao longo dos 30 anos do acordo com a construtora, referente ao aluguel da arena para shows, exploração de setores, locação de camarotes e cadeiras, além dos “naming rights”.
Cobrança da dívida
Em entrevista ao ge, Leila Pereira acusou a Real Arenas de não pagar o Palmeiras desde o fim de 2014. Além disso, afirmou que o Allian Parque não é um “case de sucesso”.
“A Real Arenas não paga ao Palmeiras há oito anos. Desde o fim de 2014, pagaram apenas sete meses do que o clube tem direito, de percentuais de receitas, como aluguel para shows, naming rights, restaurantes, cadeiras, camarotes”.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras
“Quando falam que o Allianz é um case de muito sucesso, não é um case de sucesso. Seria, se pagassem o que devem. É mentirosa a alegação de que é um sucesso. É para eles, que ganham 100% das receitas, às custas de uma propriedade do Palmeiras. Até hoje, para o Palmeiras, foi um péssimo negócio financeiramente. Esportivamente somos muito fortes, jogamos em um bonito estádio, mas financeiramente, para o Palmeiras, não é um bom negócio”.
Leila Pereira