Felipe Baptista foi um dos grandes nomes da quinta etapa da temporada 2025 da Stock Car, disputada no Circuito dos Cristais, em Curvelo, na Região Central de Minas, no último domingo (17/8). O jovem piloto paulista, de 22 anos, da equipe Car Racing KTF, ficou em segundo lugar na corrida principal. Ele saiu da sexta posição na largada e mostrando ritmo, estratégia e ultrapassagens precisas chegou ao pódio, atrás apenas de Cesar Ramos, da Ipiranga Racing.
Em entrevista ao No Ataque, Baptista revelou um segredo de sua preparação para todas as corridas. Ele treina regularmente no simulador e um dos adversários que costuma enfrentar no virtual é ninguém menos que Max Verstappen, piloto da Red Bull, tetracampeão mundial da Fórmula 1.
Treinos com Verstappen no simulador
O jovem automobilista corre diariamente no simulador. Os treinos duram entre duas e oito horas, seja na equipe ou com o próprio equipamento em casa. Frequentemente, Baptista se depara com Max Verstappen nas corridas disputadas na palataforma iRacing.
“Adoro simulador, tenho simulador em casa e na equipe. Quando não estou no simulador com os engenheiros e outros pilotos, estou treinando para entender melhor a pista e chegar 100% pronto na Stock Car para não ter nenhuma novidade”, iniciou Felipe Baptista.
“Além dos treinos da Stock Car, também faço corridas de simulador com o pessoal, como o Max Verstappen. É muito legal! Existe uma plataforma chamada iRacing, na qual conseguimos correr com pilotos do mundo inteiro. Estou aqui no Brasil, se tiver um cara lá no Japão, conseguimos correr simultaneamente. É muito bom ter essa variedade de pilotos para entender como é uma disputa, como é uma volta de classificação. Várias situações que ocorrem na Stock Car já passei por algo parecido no simulador, então sei como lidar”, revelou.
O piloto ainda explicou que o simulador oferece experiência muito próxima da realidade, embora algumas sensações físicas, como a força G, sejam impossíveis de replicar totalmente.
“O simulador é absurdamente próximo da realidade. Claro que algumas coisas não dá para replicar, uma força G do carro, por exemplo, é muito difícil de colocar igual no simulador. A única diferença é que no carro você sente toda a reação no corpo; no simulador, você entende mais pela mão e pela visão na tela. Mas a parte de reação do carro é muito parecida. O que você faz no freio, no traçado, é tudo muito próximo do real”, destacou.
Experiência prévia com pistas brasileiras
Felipe também comentou sobre a vantagem de usar o simulador para conhecer pistas inéditas antes das provas, como foi o caso do Circuito Toninho da Matta, disputado em agosto de 2024, em Belo Horizonte, montado no entorno do Mineirão, na Pampulha. O piloto de São Paulo, inclusive, foi o vencedor da corrida principal na capital mineira.
“No ano passado, eles conseguiram criar a pista de BH no simulador antes de acontecer a prova. Treinei bastante para chegar preparado e, quando entrei na pista de verdade, parecia que já tinha corrido ali milhares de vezes. Já cheguei logo no primeiro treino sendo muito mais rápido que o pessoal da categoria. Então fazer esses treinos no simulador, principalmente em pistas que você não conhece, é muito bom para chegar pronto e disputar de igual para igual”.
Relação com Gabriel Bortoleto
Felipe Baptista também destacou o contato com Gabriel Bortoleto, piloto da Sauber e representante do Brasil na F1, que está de férias no país e visitou Curvelo nesse fim de semana para conferir de perto a Stock Car.
“Gabriel é um cara que já andei muito no simulador, não só em corridas, mas também na Fórmula 2 sempre mantivemos contato. Era muito legal. Este ano ele está mais ocupado, então é difícil de acontecer algo assim. Mas é muito bom reencontrá-lo”.
