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John John Florence supera Ítalo Ferreira e conquista o tricampeonato mundial de surfe

No feminino, a jovem surfista Caittlin Simmers, de 18 anos, ficou com o título
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O surfista John John Florence conquistou o seu terceiro título mundial, nesta sexta-feira (20/9), em Trestles, na Califórnia.

O havaiano teve como adversário o brasileiro Ítalo Ferreira, que começou sua batalha vencendo Ethan Ewing, depois foi a vez de Jack Robinson sentir toda a força e determinação do potiguar. Chegou a vez então de Griffin Colapinto tentar parar a fúria de Ítalo Ferreira. Esse duelo foi um show de surfe, e a torcida estava eufórica com a performance dos atletas. Quando a bateria terminou, foi necessário esperar algumas notas que ainda estavam em análise. A tensão tomava conta da praia. Quando saíram as notas, o brasileiro comemorou sua passagem à grande final.

Caittlin Simmers: campeã mundial de surf

Enquanto descansava para a final, Ítalo viu uma menina de 18 anos se tornar campeã mundial de surfe. Caittlin Simmers realmente surfa demais e mereceu seu primeiro título. A jovem americana tem um surfe polido e tem tudo para conquistar mais títulos e se tornar uma das grandes surfistas da história. Simmers surfa com aquela sensação de felicidade de fazer o que gosta. Ela carrega ainda o real espírito do surfe. Diz querer se divertir e pegar boas ondas, que torce pelas companheiras e está curtindo tudo o que vem acontecendo em sua vida.

Grande final entre Ítalo e John John

Na final masculina, Ítalo, sempre tirando notas excelentes, obrigou John John a surfar no mais alto nível se quisesse ganhar o título, e ele quis.

John John entrou para um pequeno e seleto grupo de tricampeões mundiais. Iguala com três títulos seu compatriota Andy Irons, que é considerado por muitos um dos melhores surfistas de todos os tempos. Mick Fanning, Tom Curren e Gabriel Medina fecham a lista.

O havaiano é bem tranquilo e nem parece ser um competidor como os demais. Ele surfa tão bem que pode se dar ao luxo de não impor aquele “surfe competição” a todo o momento. John John precisa de apenas duas ondas para fazer um estrago gigantesco e obrigar seus adversários a lutarem muito se quiserem algo diferente.

Realmente, ele tem um surfe perfeito. Se fôssemos a Pipeline, onde ele reside, e ficássemos apenas olhando ele em um dia normal, veríamos coisas espetaculares. Ele pega ondas grandes, já venceu etapas de ondas gigantes e não existe discussão sobre o seu nível de surfe. Ele é talento puro.

Polêmicas

Este ano foi repleto de reclamações e polêmicas sobre algumas notas que foram julgadas. É preciso sentar e pensar com calma para onde está indo o circuito mundial, sua forma e o que pode ser alterado para tornar mais justo para todos. Sempre existe discussões sobre o formato do campeonato, a quantidade de etapas com ondas para a esquerda e o critério de julgamento.

Acredito que se a WSL quiser tem toda a capacidade de observar isso e caminhar para algo mais justo e imparcial. Sem essas mudanças sempre teremos as discussões se estamos perdendo a essência, se a piscina também terá um campeonato mundial, se os critérios de julgamento podem evoluir para algo mais assertivo e, sempre na casa do “se”, essas discussões geram uma enxurrada de distorções. Mas a WSL é competente o suficiente para estudar, analisar e fazer o seu melhor, tentando preservar o seu principal produto que são os surfistas, estrelas de um espetáculo que pode ser mais grandioso e mais justo.

O próximo ano promete ser um dos mais competitivos. Tem a volta de Filipe Toledo, John John e Medina querendo o quarto título mundial, Jack Robison, Ítalo Ferreira, Yago Dora, Ethan Ewing e outros. É preciso um olhar apurado para trazer mudanças significativas, assim como já aconteceram.

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