JOGOS OLÍMPICOS

É bronze! Medina se recupera de semifinal sem onda e garante medalha olímpica

Gabriel Medina superou o peruano Alonso Corrêa e conquistou sua primeira medalha na história dos Jogos Olímpicos
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Enfim, deu onda! Depois de ser eliminado em uma semifinal atípica, na qual lidou com um mar demasiadamente calmo em Teahupoo, no Taiti, o brasileiro Gabriel Medina aproveitou os ventos que voltaram a soprar com mais força para conquistar a sua primeira medalha olímpica. Nesta segunda-feira (5/8), o tricampeão mundial de surfe derrotou o peruano Alonso Correa por 15.54 a 12.43 e garantiu o bronze nos Jogos de Paris.

Um dos favoritos ao ouro, Medina perdeu na semifinal, em um mar que quase não ofereceu ondas, para o australiano Jack Robinson por 12.33 a 633. Na disputa, ele conseguiu surfar uma única vez. Na decisão do terceiro lugar, com a água um pouco melhor para realizar as manobras, o paulista de São Sebastião superou Alonso Correa.

A conquista dá ao Brasil seu segundo pódio para os homens no surfe, esporte inserido no programa olímpico em Tóquio 2020.
No Japão, Ítalo Ferreira, que não se classificou para esta edição, foi o campeão. Medina acabou na quarta colocação.

Na campanha até a semifinal, Medina, sem muita dificuldade, passou na primeira rodada por Connor O’Leary (Japão) e Bryan Perez (El Salvador). Posteriormente, bateu Kanoa Igarashi (Japão), nas oitavas de final, e o compatriota João “Chumbinho” Chianca, nas quartas de final.

Como Gabriel reagiu ao bronze?

Mesmo sem ter levado o ouro, objetivo principal em Paris, Medina se orgulhou bastante do bronze. No entendimento do surfista, o dia que começou triste com a eliminação da semifinal terminou feliz com a primeira medalha olímpica.

“Fico feliz com a medalha, eu treinei bastante para isso. Claro que eu queria a medalha de ouro, mas sou medalhista olímpico, estou muito feliz pelo meu trabalho. Sinto que merecia muito esta medalha, sou apaixonado pelo meu país, então hoje vai rodar minha imagem com a medalha no peito”.

“Temos que saber lidar com o mar. Infelizmente, minha primeira bateria foi de poucas ondas (semifinal), mas faz parte do esporte. Dei meu melhor e é isso que importa, começou triste, mas acabou com um momento feliz”

Gabriel Medina

Local preferido de Medina

Na Olimpíada na França, o surfe é disputado em Teahupoo, no Taiti (Polinésia Francesa). As ondas estão entre as preferidas de Medina, que viveu grandes momentos na carreira nesse local. Ela esteve em dez etapas da WSL (Liga Mundial de Surfe) em Teahupoo e só não foi às semifinais duas vezes, em 2012 e 2013.

Desde a temporada de 2014, quando conquistou seu primeiro título mundial, Medin ficou entre os quatro melhores em todas as edições, sendo campeão em 2014 e 2018, vice em 2015, 2017, 2019 e 2023 e terceiro colocado em 2016 e 2024.

Na semifinal contra Robinson, porém, as ondas outrora amigas o traíram, desaparecendo e o impedindo de tentar vencer. A amizade foi restaurada na bateria pelo bronze, e Medina o conquistou.

Com essa medalha, o Brasil chegou a 12 em Paris 2024: dois ouros, quatro pratas e seis bronzes.

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