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Djokovic vence no US Open e volta a ser número 1 do mundo

Tenista sérvio vence primeira partida e volta ao primeiro lugar no ranking da ATP; sérvio não perde na estreia de um Grand Slam desde 2006
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Com uma vitória esmagadora sobre o francês Alexandre Muller, o sérvio Novak Djokovic avançou à segunda rodada do Aberto dos Estados Unidos. Além da vitória, o sérvio tomou do espanhol Carlos Alcaraz o número 1 do ranking da ATP.

Djokovic comemorou seu retorno a Nova York após um ano de ausência ao derrotar Muller (número 84 do mundo) por 6-0, 6-2 e 6-3. A partida durou uma hora e 34 minutos.

O astro sérvio, que em sua carreira ocupou o topo da ATP por um período recorde de 389 semanas, alternou nesta posição sete vezes este ano com Alcaraz, seu maior rival na luta por seu 24º título de Grand Slam.

“Acho que joguei muito bem do início ao fim. Gostei do nível e espero mantê-lo na próxima rodada”, comemorou ‘Djoko’.

Seguindo de canto de olho Alcaraz, que estreia na noite desta terça contra o alemão Dominik Koepfer, Djokovic volta às quadras nesa quarta-feira (30/8) para enfrentar o espanhol Bernabé Zapata, número 76 do ranking mundial, pela segunda fase.

Zapata “é um especialista em saibro, mas esses jogadores também aprendem a jogar em quadras duras com o tempo”, alertou Djokovic. “Não existe adversário fácil, não se pode subestimar ninguém”.

O duelo sérvio começou às onze horas da noite, após longa vitória da anfitriã Coco Gauff.

Recepção da torcida a Djokovic

Djokovic foi recebido com uma enorme ovação pelo público na quadra Arthur Ashe de Flushing Meadows (com capacidade para 23 mil espectadores), a maior do mundo, onde estiveram presentes personalidades como o ex-presidente Barack Obama e sua esposa, Michelle.

O sérvio melhorou sua relação com os nova-iorquinos desde sua última aparição nesta quadra, quando a torcida tentou consolá-lo em uma derrota dramática na final de 2021 para Daniil Medvedev, que o impediu de conquistar um histórico Grand Slam (título dos quatro ‘majors’ do ano).

Em 2022, Djokovic não pôde disputar o torneio devido à recusa em se vacinar contra o coronavírus.

Nesta segunda-feira, ele começou a recuperar o tempo perdido com uma vitória implacável sobre Muller.

“Eu sabia que poderia começar o jogo tarde, mas estava animado para voltar a esta quadra”, disse. “Já se passaram alguns anos sem estar aqui e é sempre um prazer e uma honra jogar diante de vocês. Obrigado a todos que ficaram até quase uma da manhã”.

Aos 36 anos, ‘Nole’ apareceu na quadra central cheio de força e confiança após a memorável vitória sobre Alcaraz na final do Masters 1000 de Cincinnati.

Em Nova York, o sérvio ambiciona se vingar definitivamente de Alcaraz pela derrota na final de Wimbledon, erguer o quarto troféu do US Open e aumentar a distância em relação a Rafael Nadal (que conquistou 22 títulos de Grand Slam) na corrida histórica travada pelos dois.

Estreia de Djokovic no US Open

Recebido com gritos de “Welcome back, Novak” (Bem-vindo de volta, Novak), Djokovic não mostrou piedade. O adversário fazia sua estreia no torneio masculino principal do Aberto dos Estados Unidos.

Em apenas 23 minutos, o sérvio venceu o primeiro set sem ceder um game, perdendo apenas oito pontos para Muller.

O francês, de 26 anos e apenas uma presença em finais de ATP, em abril desta ano, em Marrakech, mal conseguia esconder o semblante de impotência diante do sérvio.

Perdendo por 2 a 0 no segundo set, Muller conseguiu vencer o primeiro game e comemorou com um sorriso irônico na direção do público. A torcida o incentivou a lutar para prolongar o espetáculo.

Muller conseguiu quebrar o serviço de Djokovic e diminuiu para 3-2. Mas o sérvio não vacilou e não lhe cedeu nenhum outro game até vencer o segundo set.

No terceiro, Djokovic diminuiu a intensidade e avançou no placar junto com Muller. até dar o golpe final no sétimo game, com uma quebra que abriu as portas para sua 17ª vitória na estreia em Nova York.

Djokovic não perde em sua primeira partida de um Grand Slam desde o Aberto da Austrália de 2006. O sérvio conquistou 32 vitórias consecutivas contra tenistas franceses em ‘majors’ desde sua última derrota para Jo-Wilfried Tsonga, em 2010.

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