Felipe Meligeni, sobrinho de Fernando Meligeni, um dos maiores ídolos do tênis brasileiro, fez história no US Open. Nesta terça-feira (29/8), ele venceu o australiano James Duckworth, número 111 do mundo, por 3 sets a 0, parciais de 6/4, 7/6 e 6/3. O paulista de 25 anos triunfou em sua estreia na chave principal de um Grand Slam.
Antes de superar Duckworth em 2h15 de jogo na primeira rodada nos Estados Unidos, Felipe Meligeni superou três adversários no qualificatório: o tcheco Dalibor Srvicina e os argentinos Facundo Bagnis e Federico Coria. Na segunda fase, pegará o também argentino Sebastián Báez, que levou a melhor sobre o croata Borna Coric por 3 a 0 (7/5, 7/5 e 6/1).
Meligeni começou a competição em 170º lugar no ranking da ATP. Entre os brasileiros, está abaixo de Thiago Wild (106º) e Thiago Monteiro (118º). Profissional desde 2015, ele já acumulou mais de US$ 684 mil em premiação (R$ 3,3 milhões), sendo cerca de US$ 251 mil (R$ 1,2 milhão) somente em 2023.
Tio de Felipe é ídolo no tênis brasileiro
Fernando Meligeni, tio de Felipe, ganhou notoriedade na década de 1990 por ser um tenista de muita garra e determinação nas partidas, sobretudo no piso de saibro. Seu melhor resultado em um Grand Slam foi em Roland Garros, na França, em 1999.
Na campanha em Roland Garros, Fininho superou os cabeças de chave Patrick Rafter, da Austrália (3); e os espanhóis Felix Mantilla (14) e Alex Corretja (6). Nas semifinais, ele caiu diante do ucraniano Andrei Medvedev por 3 sets a 1 (5/7, 6/3, 4/6 e 6/7).
Meligeni ganhou três títulos de simples de ATP 250 – Bastad, na Suécia (1995); Pinehurst, nos Estados Unidos (1996); e Praga, na República Tcheca (1996). Nas duplas, sagrou-se campeão de sete torneios, cinco deles ao lado de Gustavo Kuerten. Fininho ainda foi semifinalista nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e medalhista de ouro no Pan-Americano de Santo Domingo, em 2003.
Em 13 anos no circuito profissional, Fernando Meligeni acumulou US$ 2.558.867,00 em premiação. Ele se aposentou aos 32 anos, em 2003, justamente com o ouro no Pan em cima do chileno Marcelo Ríos, ex-número 1 do mundo.