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Quem é a tenista brasileira que chamou atenção de Djokovic e Gauff no US Open

Tenista cadeirante mineira Vitória Miranda, número 3 no ranking mundial até 18 anos, viveu momentos mágicos durante a disputa do Grand Slam
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Imagine realizar vários sonhos de uma só vez. Foi o que aconteceu com a tenista cadeirante mineira Vitória Miranda, 16, número 3 no ranking mundial até 18 anos. Ao disputar a categoria juvenil do US Open, ela ficou ao lado de dois grande ídolos mundiais: o sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, e a estadunidense Coco Gauff, campeã desta edição do Grand Slam.

“Foi emocionante para mim estar ao lado dos campeões do mundo. Primeiro, foi o Djokovic. Ele me deu os parabéns por jogar tênis. Eu agradeci e pedi uma foto com ele, que gentilmente ficou ao meu lado para esse registro. Foi emocionante”, conta Vitória.

O segundo encontro, com Gauff, também foi fascinante, relembra a tenista mineira, apesar de não ter conseguido tirar fotos. “A bateria do meu celular e a do meu treinador, Léo Butija, acabaram. Mas não tem importância, pois está gravado na minha memória”.

O encontro com Coco Gauff foi inesperado. Vitória conta que tinha ido assistir à final e que ao sair, acabou, por acaso, dando de cara com a campeã, que comemorava o título ao lado da família.

“Eu e o Léo estávamos indo para pegar a van que nos levaria ao hotel. O acesso, ali, só é permitido aos jogadores e jogadoras. A gente viu, ao passar, uma comemoração. Era a Coco com a família dela comemorando o título. A gente ia passar direto. Mas uma tia dela me viu e correu na minha direção. Tomou a cadeira das mãos do Léo e me levou até a Coco. Meu Deus, jamais poderia imaginar isso”, ressalta Vitória.

“Ela é ainda muito jovem, pois tem 19 anos, é negra, e ganhou o US Open. É demais”, vibra a mineira.

A jogadora

Vitória Miranda no US Open - (foto: Arquivo pessoal)
Vitória Miranda em quadra do US Open(foto: Arquivo pessoal)

No torneio de simples no US Open, Vitória perdeu para a japonesa Rio Okano nas quartas de final por 2 a 0 (6/4 e 6/1). Nas duplas, em parceria com a holandesa Isa Schogt, foi eliminada nas semifinais pela francesa Ksenia Chasteau e a estadunidense Maylee Phelps, também por 2 a 0 (6/1 e 6/0).

As derrotas, no entanto, não desanimaram Vitória. “Entrar em quadra, num Grand Slam, foi emocionante, ainda mais para jogar. É uma emoção que não tem preço. Não era a minha hora. Ainda tenho muito o que aprender para buscar um título desse tamanho. Tenho de jogar muito ainda”, diz.

Vitória, que já retornou a Belo Horizonte, conta os planos para o futuro. “Quero me dedicar ao máximo para voltar a Nova York em 2024. E quero, também, na próxima temporada, conseguir disputar os outros três torneios de Grand Slam, Austrália, França e Wimbledon. Vivi uma experiência incrível.”

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