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Promessa do tênis brasileiro pode deixar circuito profissional; saiba motivo

Saiba por que o brasileiro, que é sensação do Rio Open e promessa do tênis mundial, pode deixar circuito profissional
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Bruno Braz – Continuar no circuito profissional do tênis, no qual está em ascensão no início de carreira, ou aceitar uma bolsa de estudos para estudar numa faculdade dos Estados Unidos? Esta é a difícil decisão que o jovem brasileiro João Fonseca terá de tomar no meio do ano. Com apenas 17 anos, ele venceu o favorito francês Arthur Fils nesta quarta-feira (21/2), entrou no Top 500 do ranking da ATP e tornou-se a sensação do Rio Open.

Fonseca já assinou carta de intenções com a Universidade de Virginia, dos EUA. Isso não significa, porém, que já está certo que ele optará pelo tênis universitário estadunidense. O contrato é apenas uma garantia para a universidade de que, se ele se decidir pelo “College”, irá para lá.

Se optar pela bolsa, o carioca terá de deixar o circuito profissional, e justamente agora, onde conquistou sua maior vitória da carreira até aqui e entrou no Top 500 do ATP Tour. O fato, apesar de intrigante, é “comum” para jovens talentos no tênis.

João, porém, já deixou claro que, se for para a universidade, ficará apenas um ano. O jovem está focado no Rio Open e ressaltou que essa decisão será tomada junto com seus pais e sem fazer alarde.

“É uma coisa que não paro para pensar. Estou muito focado no profissional, onde quero chegar, que é no topo. Estou deixando a decisão para o meio do ano, não quero decidir por agora. Se decidir, vai ser no pessoal, minha e dos meus pais. Não vai ser uma decisão pública. Não precisa desse tipo de visibilidade, pressão, estou deixando isso para depois”.

João Fonseca

Flamenguista ‘soft’

João Fonseca é carioca e torcedor do Flamengo. Porém, apesar da simpatia pelo time rubro-negro, o tenista não acompanha muito futebol e desviou da “casca de banana” que jogaram na entrevista coletiva desta quarta.

Adversário do brasileiro nesta quinta-feira (22/2), o chileno Cristian Garín, treinou vestido com camisa do Vasco. Ele ganhou a peça personalizada do clube por ser amigo do volante e compatriota Pablo Galdames e também do filho de um dos donos da 777 Partners, empresa que é dona da SAF vascaína.

Eu não sou o maior fã de futebol. Sou flamenguista por conta do meu irmão, que é “doente”. Tenho muitos amigos vascaínos, e tênis e futebol são esportes diferentes. Não ligo muito para ele [Garín] usar uma camisa do Vasco, não sou esse tipo de torcedor. Espero que seja um bom confronto.

João Fonseca

‘Filho’ do Rio Open

João Fonseca é um “filho” do Rio Open. Ele esteve na primeira edição como espectador, em 2014, quando tinha apenas sete anos, para ver o espanhol Rafael Nadal.

O jovem esteve em todas as outras nove edições, a cada ano em uma função. Desfilou para uma marca de patrocinador da competição, depois virou sparring, até fazer sua estreia no torneio como atleta no ano passado, através de um wildcard (convite), e foi derrotado na primeira rodada.

“É muito especial essa vitória. Diante de toda minha família, amigos, basicamente todo mundo que eu conheço. Estou muito feliz. Não só pela vitória, mas como foi. Ano passado não consegui demonstrar meu melhor tênis e este ano demonstrei como consegui chegar. Estou muito feliz e é seguir firme essa semana”, disse.

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