
Em um duelo acirrado cheio de altos e baixos com mais de cinco horas de duração neste domingo (8), em Paris, o espanhol Carlos Alcaraz conseguiu uma virada histórica por 3 sets a 2 para ampliar a série invicta contra o italiano Jannik Sinner e conquistar o bicampeonato no saibro de Roland Garros.
Com parciais de 4/6, 6/7 (4), 6/4, 7/6 (3) e 7/6 (10/2), a final de 5 horas e 30 minutos na capital francesa foi a mais longa da história da competição. O recorde de mais de 40 anos pertencia ao duelo entre Mats Wilander e Guillermo Vilas, em 1982, com 4 horas e 42 minutos.
A final mais longa de um Grand Slam foi registrada no Australian Open de 2012, quando Novak Djokovic derrotou Rafael Nadal em cinco sets em partida de 5 horas e 53 minutos.
Alcaraz se tornou apenas o nono tenista da era aberta (a partir de 1968) da modalidade a virar uma final de Grand Slam após sair perdendo os dois primeiros sets. Antes dele, o próprio Sinner conseguiu alcançar o feito, na final do Australian Open contra Daniil Medvedev, em 2022.
A vitória do vice-líder contra o líder do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) neste domingo representa também apenas a terceira vez no século em que o campeão de Roland Garros consegue defender seu título com sucesso, após Gustavo Kuerten e Rafael Nadal.
Este é o quinto troféu de um torneio da categoria Grand Slam na ainda curta carreira do jovem espanhol de apenas 22 anos. Ex-número 1 do mundo, ele já venceu na grama de Wimbledon duas vezes (2023 e 2024) e na quadra rápida do US Open uma vez (2022).
Com a vitória, Alcaraz também volta a impedir um título de Sinner desde que o italiano retornou às quadras no fim de maio, após cumprir suspensão por doping.