A Justiça de Minas Gerais corrigiu nesta semana o valor da ordem de bloqueio das contas do Atlético-MG relacionada à dívida com Ronaldinho Gaúcho. Inicialmente, o clube teve o bloqueio bancário de R$ 8,4 milhões após uma petição realizada pelo advogado do ex-jogador. Como o Galo já tinha feito o pagamento de parte da dívida, a correção reduziu o bloqueio para R$ 4,4 milhões.
A informação foi divulgada inicialmente pelo site“ge.globo” e confirmada pelo No Ataque, nesta quinta-feira (25/5), em conversa com o vice-presidente do Atlético-MG, José Murilo Procópio.
A dívida do Galo com Ronaldinho Gaúcho, campeão da Libertadores em 2013, está atrelada ao não pagamento dos direitos de imagem. Para resolver a pendência, o Atlético-MG fez alguns acordos para honrar o compromisso em parcelas de diferentes valores.
Como o clube atrasou depósitos, representantes de Ronaldinho acionaram a Justiça para informar a inadimplência. Foi então que o Atlético teve o bloqueio do valor total do acordo de R$ 8,4 milhões, considerando a correção monetária.
Como o Atlético já pagou R$ 4 milhões, a Justiça corrigiu o valor do bloqueio após petição do clube.
Histórico da dívida
O contrato de R10 com o Atlético-MG foi rescindido em julho de 2014. Na ocasião, as partes acertaram que o Galo arcaria com o valor de R$ 7,7 milhões à Planet Invest – empresa do irmão de Ronaldinho Gaúcho -, quitadas em 22 parcelas cada uma de R$ 353,5 mil. A primeira tinha vencimento em outubro daquele ano.
A Planet Invest acionou o Atlético na Justiça em 2016, cobrando o pagamento de R$ 10,8 milhões, valor atualizado com juros e correção monetária. Em julho de 2017, a empresa aceitou receber o valor de R$ 13,2 milhões do clube, que se comprometeu a quitar o débito em 48 parcelas de R$ 275,4 mil.
Em 2020, o Atlético-MG ainda devia R$ 5,6 milhões, conforme balanço financeiro do clube. Diante disso, a Planet Invest entrou com ação de execução no Tribunal de Justiça de Minas Gerais alegando descumprimento do acordo.
O valor, então, foi atualizado para R$ 6.329.444,25, de acordo com correção monetária, além de multa de 10% em relação ao que havia sido homologado.
Com o novo acordo, o Atlético-MG deveria pagar uma parcela de R$ 400 mil, quatro de R$ 150 mil e 26 parcelas de R$ 200 mil. O total é de R$ 6,2 milhões, mas que se tornam R$ 8,4 milhões pela atualização monetária.