A zebra quase correu solta no ginásio do Pacaembu na noite desta quinta-feira (11/12). Amplo favorito, o Osasco chegou a levar a virada para o Zhetysu, do Cazaquistão, na terceira rodada do Grupo A do Mundial de Clubes Feminino de Vôlei. Mas, apesar do susto, o time treinado por Luizomar de Moura se recuperou, mostrou força, salvou dois match points e venceu por 3 sets a 2 (25/17, 23/25, 21/25, 25/20 e 19/17) e avançou para a semifinal e vai enfrentar o Conegliano, poderoso time italiano comandado pela ponteira brasileira Gabi Guimarães.
Embalado pela torcida, que lotou o Pacaembu pela terceira vez seguida, o gigante paulista começou bem, mas sofreu com erros e viu o Zhetysu emplacar reação para ficar perto da vitória. Visivalmente abatidos após perderam duas parciais torcidas, time e torcida conseguiram se recuperar juntos para emplacar reviravolta – a equipe voltou a dominar o jogo na quarta parcial e levou o bom momento para o tie-break.
Mesmo se perdesse por 3 sets a 2 ou 3 sets a 1, o Osasco se classificaria pela semifinal. Com a vitória, o time de Luizomar fecha sua participação no Grupo A com cinco pontos conquistados – venceu por 3 sets a 0 o Alianza Lima, do Peru; perdeu por 3 sets a 0 para o favorito Scandicci, da Itália; e venceu por 3 sets a 2 o Zhetysu.
Osasco x Conegliano
Segundo colocado do Grupo A, o Osasco enfrentará o primeiro colocado do Grupo B – o Conegliano – na semifinal.
O gigante italiano, que tem estrelas como Gabi, a oposta sueca Isabelle Haak e a líbero italiana Monica de Gennaro, é o atual campeão e o principal favorito ao título do Mundial.
O jogo
Luizomar de Moura levou o seguinte time a quadra – Maira, Natália, Valquíria, Mayhara, Bianca Cugno, Jenna Gray e Camila Brait. Já o Zhetysu foi escalado pelo técnico Marko Gršić com Kristina Belova, Nurbergenova, Yakutina, Anikonova, Sharhorodska, Froloca e Beket.
O Osasco começou bem a partida e dominou o primeiro set quase por completo. A equipe paulista teve mais que o dobro de pontos de bloqueio, atacou melhor, defendeu melhor, passou melhor e sacou melhor, apesar de ter cometido o mesmo número de erros que o Zhetysu – sete. Com boas atuações de Baird – oito pontos – e Mayhara – seis pontos –, o Osasco fechou a parcial com um tranquilo 25 a 17.
As osasquenses começaram muito melhores que as adverárias no segundo set e chegaram a abrir 5 a 1. O time cazari virou – 12 a 11 -, mas o Osasco se recuperou e teve vantagem até o 17 a 15. Depois disso, o Zhetysu emplacou três pontos seguidos para virar e não cedeu mais o placar para o time paulista, que no máximo conseguiu empatar em alguns momentos. Embaladas, as asiáticas foram melhores que a equipe de Luizomar, que errava muito, e venceram por 25 a 23.
O terceiro set teve perfil parecido. O Osasco começou melhor e chegou a emplacar sequência de sete pontos seguidos para abrir 11 a 5, com bom momento ofensivo de Maiara. Na segunda metade da parcial, entretando, o time de Luizomar voltou a se abalar – e a torcia se abalou junto – com sequências de erros e o Zhetysu passou a dominar. As asiáticas fecharam o set com boa margem – 25 a 21 –
No quarto set, a torcida entendeu que o time precisava dela, voltou a cantar alto as clássicas músicas do clube e embalou o Osasco rumo a uma parcial tranquila, dominada do início ao fim, com vitória por 25 a 17. A grande diferença da parcial foi o uso maior das centrais pela levantadora Jenna Gray. O meio de rede foi a diferença ofensiva do Osasco na etapa – Mayhara e Valquíria foram as maiores pontuadoras, com respectivamente seis e cinco bolas na rede.
O tie-break foi dramático – bem como todo o jogo. O Osasco começou bem, embalado pelo set anterior dominante, mas chegou a levar a virada do Zhetysu, que esteve dois pontos à frente. Na reta final, contudo, as paulistas se recuperaram no ritmo ensurdecedor da torcida, salvaram quatro match points das cazaris e venceram por 19 a 17.
