Bicampeã olímpica, Sheilla marcou presença na semifinal do Mundial de Clubes Feminino de Vôlei, no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, neste sábado (13/12). A ex-oposta opinou sobre o evento no Brasil e revelou que mudou a programação dos jogos a pedido das filhas.
Gêmeas, Liz e Ninna são quase amuletos da sorte. As duas pequenas de sete anos estão acostumadas a assistir partidas de vôlei, seja na Superliga ou nas grandes competições internacionais. Neste sábado, elas pediram para ver os dois jogos da semifinal – o Praia perdeu para o Scandicci, e o Osasco ainda vai enfrentar o Conegliano, ambos da Itália.
“Achei demais trazer esse Mundial para cá, porque é bom até para a torcida assistir um nível de voleibol diferente que esses times apresentam. Estou feliz demais. Pensei que eu só viria no jogo do Osasco contra o Conegliano, mas minhas filhas pediram para vir nos dois. Elas gostam de assistir, mas normalmente elas cansam, mas elas pediram, vamos ver (risos)”, falou Sheilla.
A ex-jogadora ainda falou da importância das crianças viverem o vôlei: “Trazer elas para esse mundo que eu vivi tantos anos é muito gostoso. É um mundo que tem muitas mulheres, protagonistas, então quero que elas sempre vivam isso”.
Times brasileiros e italianos
Ainda que o Praia Clube tenha jogado bem e colocado pressão no Scandicci, a equipe de Uberlândia perdeu por 3 sets a 0. Na fase de grupos, perdeu para o Conegliano pelo mesmo placar. Sheilla falou da disparidade entre os times e respondeu o que precisa ser feito para equiparar o nível do voleibol brasileiro e italiano.
“Principal coisa é o investimento, no voleibol, no esporte. Hoje a gente não consegue nem ter as jogadas da Seleção Brasileira jogando no Brasil, então é difícil times brasileiros competirem. Então para melhorar com certeza tem que ter investimento. A Seleção figura entre os primeiros sempre. Os clubes que estão muito abaixo dos melhores do mundo porque falta investimento”, opinou.
Espectadora de luxo, a ex-ponteira ficou na beira da quadra durante o jogo, mas subiu na arquibancada para cumprimentar o técnico José Roberto Guimarães.
“Vejo o Zé o tempo inteiro, a gente só não posta. Adoro ele, minhas filhas adoram ele, a gente está sempre conversando”, falou Sheilla.