A derrota do Cruzeiro por 3 sets a 0 para o Osaka Blueton nesta terça-feira (16/12), na estreia do Mundial de Clubes Masculino de Vôlei, no ginásio do Mangueirinho, em Belém do Pará, espantou pelo “massacre” do time estrelado japonês sobre os brasileiros nas três parciais.
Já é raridade ver a Raposa – pentacampeã mundial e equipe mais poderosa do Brasil nas últimas décadas – perder um jogo por parciais diretas. Mais raro ainda é ver o time celeste ficar abaixo de 20 pontos em todos os três sets de um jogo.
Com brilho dos ponteiros Tomita e López, do oposto Nishida e do levantador bicampeão olímpico pela França Brizard, o Osaka “atropelou” em todas as etapas: venceu por 25/14 o primeiro set, por 25/18 o segundo e por 25/14 o terceiro.
O Cruzeiro, portanto, fez apenas 46 pontos na partida. O total irrisório para os padrões da equipe levanta o questionamento – a derrota na estreia do Mundial foi a pior da história do clube numericamente?
Derrota para o Osaka foi a pior da história do Cruzeiro?
O No Ataque vasculhou todos os resultados de jogos oficiais do Cruzeiro que estão registrados no site do clube – desde 2011 – e em bases de dados de vôlei. Em nenhuma das partidas a Raposa fez 46 pontos ou menos.
Não é possível afirmar com precisão se a derrota para o Osaka Blueton foi a pior da história do time celeste porque não há registros de todas as partidas oficiais do clube entre 2006 – ano do ínício do projeto, ainda com o nome de Betim – e 2011. Em nenhum dos duelos acessados nesse período, contudo, o time celeste fez tão poucos pontos como contra o Osaka.
Como foi o jogo
Filipe Ferraz escalou o Cruzeiro com Otávio, Lucão, Douglas Souza, Rodriguinho, Oppenkoski, Brasília e Alexandre Elias. Já Tuomas Sammelvuo levou o Osaka Bueton a quadra com Peng e Evbade, Tomita e Lopez, Nishida, Brizard e Yamatoto.
O time japonês mostrou “de cara” a agressividade com a qual pretendia jogar logo no primeiro set. Com brilho de Tomita, que pontuou oito vezes na parcial, o Osaka Blueton dominou o Cruzeiro em todos os fundamentos desde o princípio e fechou rapidamente a etapa com um avassalador 25 a 14, com direito a duas sequências de cinco pontos consecutivos.
A segunda parcial até começou com certo equilíbrio, mas antes da metade o Osaka emplacou quatro pontos seguidos e abriu seis de vantagem – 15 a 9. A partir daí, os japoneses “desfilaram” em quadra contra um apático Cruzeiro, que nada conseguia pressioná-los. López foi o grande destaque ofensivo do set, com seis bolas no chão. Fim: 25 a 18.
O terceiro set foi tão avassalador como o primeiro. Jogando com agressividade impressionante e sacando muito bem (foram nove aces na partida), o Osaka Blueton dominou o Cruzeiro do início ao fim da parcial e contou novamente com um Tomita inspirado – assim como na etapa inicial, ele fez oito pontos – para vencer a parcial em apenas 20 minutos: 25 a 14.