O Brasil disputou o sétimo jogo na Liga das Nações de Vôlei (VNL) nesta quinta-feira (15/6), no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. A Seleção Brasileira bateu a Sérvia por 3 sets a 2 e subiu para o terceiro lugar no torneio, com 15 pontos.
A Sérvia, que venceu apenas um de seis jogos, é a 13ª colocada da VNL, com cinco.
A partida
O técnico José Roberto Guimarães começou o jogo com Carol, Thaísa, Nyeme, Pri Daroit, Macris, Júlia Bergmann e Kisy.
O primeiro set da partida foi marcado por falhas das duas seleções, principalmente de ataque. Os primeiros quatro pontos do Brasil, inclusive, se deram por erros da Sérvia. Na disputa entre quem deslizava mais, a Seleção Brasileira foi superior e viu a Sérvia aproveitar e explorar as falhas brasileiras.
A má execução de alguns fundamentos, como bloqueio e recepção, contribuíram para o início ruim do Brasil.
José Roberto Guimarães buscou a inversão e entrou com Rosamaria e Roberta no lugar de Kisy e Macris quando a partida estava 20 a 18 para a Sérvia. A substituição deu gás à Seleção, que chegou a encostar no placar (23 a 23), mas não evitou a vitória Sérvia por 25 a 23, quando Carol encostou na rede.
No segundo set, o Brasil soube lidar com a pressão psicológica e ajustou as falhas que foram essenciais na primeira parcial. A oposta Kisy se destacou na etapa. Por outro lado, Júlia Bergmann, que havia atuado bem contra a Coreia, não estava em seu melhor dia e foi substituída por Maiara Basso.
Na sequência, a substituição deu resultado e a ponteira Maiara Basso foi um dos nomes da parcial. Fez o primeiro ponto de saque do Brasil no jogo, levantou, esteve na recepção e pontuou no ataque. A Seleção Brasileira não jogou o melhor set, mas, dessa vez, soube aproveitar os erros da Sérvia, que desperdiçou cinco saques, e venceu por 25 a 22.
O desempenho de Maiara deu a ela a chance de continuar em quadra no terceiro set.
A terceira parcial foi pareada. O Brasil ajustou a recepção, mas não resolveu todos os problemas. A liga entre Carol e Macris, por exemplo, não funcionou. Mais uma vez, o técnico José Roberto optou pela inversão e colocou Roberta e Rosamaria na partida. No fim, a Sérvia cresceu e fechou o set por 25 a 21.
O quarto set começou com clima diferente. As jogadoras do Brasil, sob o comando de Thaísa e Carol, entraram no gás, receberam apoio da torcida e abriram 21 a 8 – a maior diferença alcançada pela Seleção no jogo. O bloqueio apareceu, o ataque funcionou e o psicológico foi restabelecido. De forma avassaladora, a Seleção fechou o set em 25 a 12.
O Brasil entrou para jogar o tie-break com a mesma intensidade do set anterior. Mais uma vez, Thaísa se destacou na parcial e fechou a quinta etapa em 15 a 11.
Destaques do jogo
A maior pontuadora do Brasil foi Thaísa, com 18 pontos – oito de bloqueio.
Maiara Basso, novata da Seleção, teve participação importante no confronto.
Abre aspas
Maiara Basso não conteve a emoção ao falar sobre a partida: “É produto de muito trabalho e muito esforço todo dia. É uma vitória muito importante. Daqui para frente, é só escalada”.
Ao ser questionada sobre o tamanho da participação no jogo, a ponteira disse que a ficha ainda não caiu: “É tudo novo para mim. Tô meio assustada ainda”.
Sheilla, bicampeã olímpica do Brasil, falou sobre a sensação de assistir o jogo e fez uma análise do primeiro e do segundo set: “Ficar de fora é muito mais difícil do que estar dentro de quadra porque parece que a gente está sem controle. (…) Acho que a entrada da Maiara foi fundamental para dar estabilidade no passe”.
Ela também contou que teve participação no retorno de Thaísa para a Seleção: “Tem mais de ano que eu fico na cabeça dela pra ela voltar. Ainda bem que esse ano ela topou, que o Zé convocou e que tudo deu certo porque eu sei que ela pode ajudar não só dentro de quadra como fora”.
Próximo passo
Neste sábado (17/6), a Seleção Brasileira enfrenta a Alemanha, às 14h, também no ginásio Nilson Nelson, em Brasília.
