VÔLEI

Bernardinho explica como será trabalho na Seleção Brasileira Masculina de Vôlei

Bernardinho assumiu o cargo de coordenador das seleções masculinas, desde o Sub-17 até a adulta; Renan Dal Zotto segue como técnico
Foto do autor
Compartilhe

Nessa sexta-feira (8/9) foi anunciado o retorno de Bernardinho à Seleção Brasileira Masculina de Vôlei. Ele, que foi campeão olímpico como treinador em 2004 e 2016, além de vice em 2008 e 2012, agora será coordenador técnico das seleções masculinas, desde a Sub-17 até a adulta, visando aos jogos olímpicos de 2024, 2028 e 2032, segundo a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Em entrevista à CBV, Bernardinho explicou como será seu trabalho na Seleção. Ele assumiu o cargo no Brasil e continuará no comando técnico do time feminino do Sesc Flamengo, onde trabalha desde julho de 2020.

“Estou muito feliz de voltar a trabalhar com as seleções masculinas. O objetivo é colocar em prática um planejamento integrado entre as seleções de base e a adulta, pensando nos próximos ciclos olímpicos. Quero usar minha experiência para contribuir, principalmente no desenvolvimento jogadores mais jovens. Temos a ideia de levá-los para disputar torneios internacionais, que ampliem sua experiência e ajudem no processo de transição entre as gerações. É um trabalho bem abrangente e contarei muito com o Renan e todos os outros treinadores das equipes de base”, disse.

Leia mais: 

Jorge Bichara, diretor técnico da CBV, explicou a escolha de Bernardinho para a função. Também, revelou o convite a José Roberto Guimarães para assumir o mesmo cargo na Seleção Brasileira Feminina de Vôlei.

“A integração entre as equipes adultas e de base é um fator fundamental no sucesso de décadas do vôlei brasileiro. Com a criação do cargo de coordenador técnico, a CBV torna esse trabalho ainda mais forte. Para os cargos, convidamos os dois técnicos mais vencedores da história do vôlei nacional. Bernardinho já começou a trabalhar com a equipe masculina, e aguardamos a resposta de José Roberto Guimarães. A experiência e a capacidade de Renan Dal Zotto e dos treinadores das seleções de base serão importantíssimas nesse trabalho. Será um planejamento conjunto, de união de talentos, com foco nos Jogos Olímpicos de 2024, 2028 e 2032”, declarou Jorge Bichara.

Carreira de Bernardinho

Como atleta de vôlei, Bernardinho foi vice na Olimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1984. Na função de treinador, além dos dois ouros e das duas pratas com a equipe masculina, foi bronze com o time feminino em 1996 (Atlanta, EUA) e 2000 (Sydney, Austrália).

Fora do circuito olímpico, Bernardinho empilhou troféus do Mundial de Vôlei (2002, 2006 e 2010), da Copa do Mundo (2003 e 2007) e da Liga Mundial (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010). Durante 16 anos, o técnico colocou o Brasil no topo mundial da modalidade e se transformou em uma das personalidades mais respeitadas e vitoriosas do esporte.

Recentemente, Bernardinho esteve à frente da Seleção da França, de abril de 2021 a março de 2022, mas pediu para sair por problemas envolvendo uma das filhas do casamento com a ex-jogadora Fernanda Venturini (os dois se separaram em 2020). O técnico também é pai de Bruninho, experiente levantador da Seleção Brasileira, fruto da união com a ex-voleibolista Vera Mossa.

Pré-Olímpico

O Brasil jogará o Pré-Olímpico de Vôlei entre 30 de setembro e 8 de outubro, no Rio de Janeiro. A equipe está no Grupo A, ao lado de Catar, Cuba, Itália, Alemanha, República Tcheca, Irã e Ucrânia.

Todos os países se enfrentam em turno único, totalizando sete rodadas. Os dois melhores se classificam para os Jogos Olímpicos de Paris’2024, assim como o primeiro e o segundo colocados das chaves A e B.

A França, anfitriã da Olimpíada, tem vaga garantida sem precisar entrar em quadra. Os outros cinco participantes serão definidos de acordo com a posição no ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). No momento, o Brasil é o quarto.

Compartilhe