Tópico sensível para os fãs de vôlei, a despedida de Carol Gattaz da Seleção Brasileira pode estar próxima. A jogadora definiu que pretende que sua last dance com a Amarelinha seja na Olímpiada de Paris, em 2024. Após conquistar a medalha de prata em Tóquio (2021), a central sonha com o ouro.
Aos 40 anos, ainda em 2021, a central foi a mulher brasileira mais velha a conquistar uma medalha olímpica. Contudo, Carol ainda deseja ‘ampliar’ o próprio recorde. Ela disse em entrevista exclusiva ao No Ataque que o principal objetivo é estar entre as 14 jogadoras que vão disputar os jogos de Paris.
“A partir do momento que eu tinha condições de estar na Seleção, meu objetivo sempre foi a Olímpiada. Quando o Zé Roberto me chamou ano passado para o Mundial, eu vi que eu podia. Mesmo com 41 anos, eu disputei um campeonato Mundial em alto nível. Meu pensamento sempre foi fazer uma boa temporada e ser convocada”.
Carol Gattaz
Meta para Olímpiada
Para isso, a jogadora precisa finalizar tratamento e retomar o ritmo em quadra. Ela lesionou o ligamento do joelho direito em março deste ano e não está disponível desde então. A expectativa é que o retorno seja ainda em 2023, no início de dezembro, para que inicie os treinamentos em busca de voltar ao alto nível de antes da lesão.
“Infelizmente veio a lesão. Atrapalha muito, dei alguns passos para trás, estou ciente disso. Mas é uma motivação pra mim. Tem que ter muita paciência com a recuperação, muita constância para estar bem de novo. Meu objetivo é a Olímpiada (de Paris), sem dúvida nenhuma é meu plano A. Se vou conseguir, não sei, mas vou fazer de tudo para estar lá”, frisou a central.
The last dance
Focada em estar com a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos, Carol disse que a motivação vem também por causa de possível despedida – caso seja realmente convocada. Ela pretende encerrar a carreira com a camisa do Brasil após Paris.
“Pensando em Seleção Brasileira, vai ser minha última dança. Por isso estou colocando tanta energia pra tentar buscar essa vaga. Estão chegando várias jogadas novas, muitos boas. E temos que respeitar nosso corpo. Eu amo jogar e estar em quadra, mas tem um limite”
Carol Gattaz, central da Seleção Brasileira e do Minas
Por clubes, entretanto, a atleta do Minas não definiu uma data para aposentadoria.
“Para clube eu não coloquei um ponto. Eu ainda me sinto muito bem, me lesionei mas estava atuando em alto nível. Não foi à toa que eu acabei a Superliga com a melhor estatística de ataque entre as jogadoras, eu ainda estou performando, ainda entrego números”, concluiu Gattaz.