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Vôlei: Gattaz avalia volta de Bernardinho à Seleção Brasileira

Central do Minas Tênis Clube opinou positivamente o retorno do multicampeão, que assume cargo de coordenador técnico das equipes masculinas
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Central do Minas Tênis Clube e com vasta trajetória na Seleção Brasileira, Carol Gattaz opinou sobre a volta de Bernardinho à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). O ex-treinador, campeão olímpico em 2004 e 2016, assumiu o cargo de coordenador técnico das equipes masculinas.

Para Gattaz, que trabalhou com Bernardinho, o retorno de alguém com um currículo tão vitorioso é positivo neste momento de reformulação e renovação da seleção.

“Quando tem pessoas que são fora de série dentro de alguma modalidade, que nem são o Bernardinho e o Zé Roberto (Guimarães, técnico da Seleção Brasileira feminina), independentemente da posição, ele tem que estar dentro. O Bernardinho é hiper vitorioso, que entende de voleibol, super estudioso, motivador”, disse Gattaz, em entrevista exclusiva ao No Ataque.

“Então, eu achei fantástica a entrada dele para organizar as seleções masculinas e espero que ele consiga fazer o plano dele, porque foi uma geração mais vitoriosa do voleibol. E ele é um cara não só vitorioso, mas muito motivador. Assim como eu digo do Zé Roberto na seleção feminina. Já tem 20 anos que ele está na seleção. Entrou em 2003. Inclusive, na primeira convocação dele, eu estava!”, prosseguiu.

“São caras que são fenômenos do voleibol, que têm que estar inseridos de alguma maneira. Eu falo: se o Zé Roberto fala amanhã que não quer ser técnico, acho que ele tem que estar inserido de alguma maneira no voleibol, porque é um cara sério, como o Bernardinho é sério. É um cara que vai adicionar e abrilhantar muito ao nosso voleibol. Então, acho muito legal”, completou.

Bernardinho de volta à Seleção Brasileira

No último dia 8, a CBV anunciou o retorno de Bernardinho à Seleção Brasileira Masculina de Vôlei. Ele, que foi campeão olímpico como treinador em 2004 e 2016, além de vice em 2008 e 2012, agora será coordenador técnico das seleções masculinas, desde a Sub-17 até a adulta, visando aos jogos olímpicos de 2024, 2028 e 2032.

Em entrevista à CBV, Bernardinho explicou como será seu trabalho na Seleção. Ele assumiu o cargo no Brasil e continuará no comando técnico do time feminino do Sesc Flamengo, onde trabalha desde julho de 2020.

“Estou muito feliz de voltar a trabalhar com as seleções masculinas. O objetivo é colocar em prática um planejamento integrado entre as seleções de base e a adulta, pensando nos próximos ciclos olímpicos. Quero usar minha experiência para contribuir, principalmente no desenvolvimento jogadores mais jovens. Temos a ideia de levá-los para disputar torneios internacionais, que ampliem sua experiência e ajudem no processo de transição entre as gerações. É um trabalho bem abrangente e contarei muito com o Renan e todos os outros treinadores das equipes de base”, disse.

Carreira de Bernardinho

Como atleta de vôlei, Bernardinho foi vice na Olimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1984. Na função de treinador, além dos dois ouros e das duas pratas com a equipe masculina, foi bronze com o time feminino em 1996 (Atlanta, EUA) e 2000 (Sydney, Austrália).

Fora do circuito olímpico, Bernardinho empilhou troféus do Mundial de Vôlei (2002, 2006 e 2010), da Copa do Mundo (2003 e 2007) e da Liga Mundial (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010). Durante 16 anos, o técnico colocou o Brasil no topo mundial da modalidade e se transformou em uma das personalidades mais respeitadas e vitoriosas do esporte.

Recentemente, Bernardinho esteve à frente da Seleção da França, de abril de 2021 a março de 2022, mas pediu para sair por problemas envolvendo uma das filhas do casamento com a ex-jogadora Fernanda Venturini (os dois se separaram em 2020). O técnico também é pai de Bruninho, experiente levantador da Seleção Brasileira, fruto da união com a ex-voleibolista Vera Mossa.

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