Aos 42 anos, Carol Gattaz pretende continuar em quadra por mais alguns anos. Apesar de ainda atuar em alto nível, a central já pensa nos planos para quando se aposentar do vôlei. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, ela compartilhou o desejo de ser palestrante e de seguir na comunicação.
A jogadora já demonstrou que a idade não é uma barreira dentro das quadras. Aos 40 anos, ela esteve na Olimpíada de Tóquio (2021) e conquistou a medalha de prata com a Seleção Brasileira. Gattaz ainda sonha, inclusive, em ser convocada para disputar Paris (2024), em busca do ouro olímpico.
Mesmo assim, por mais que os planos estejam focados na próxima temporada, ela revelou algumas ideias e desejos do que fará após se aposentar.
“Tem algumas possibilidades que eu sempre gosto de falar, a primeira delas é levar um pouco desse conhecimento todo que eu adquiri através dos anos como atleta para as outras pessoas, eu acho que é muito importante. Eu vejo várias pessoas fazendo isso, palestras, talk-shows. Eu gostaria muito de fazer, porque eu acho que é o nosso ‘dever’ motivar outras pessoas.”
Carol Gattaz
“Quanto mais tempo eu fico nessa profissão, eu vejo que o atleta é muito resiliente, ele pode mostrar para as outras pessoas o quanto é positivo estar brigando, no bom sentido, por alguma coisa. Eu vejo que a gente faz muitos sacrifícios, mas que a gente pode passar nossas experiências para muita gente, para motivar, para ter uma sociedade melhor”, complementou a jogadora.
Comentarista
Nos Jogos Olímpicos de 2008, 2012 e 2016, Carol Gattaz fez parte da equipe da Rede Globo como comentarista das partidas de vôlei. Ela gostou da função e contou que será integrante da bancada de comentários durante o Pré-Olímpico, que começa neste sábado (16/9).
“Fora na parte de comunicação também, que eu gosto. Sou convidada pelo SporTV para fazer comentários de jogos. Trabalhei nas Olimpíadas de Pequim, Londres e Rio, eu gosto de fazer. Agora no Pré-Olímpico vou fazer alguns jogos, não vou fazer os do Brasil, mas devo fazer alguns. Eu gosto muito, mas talvez não seja uma coisa muito fixa”
Carol Gattaz, central do Minas
Futuro no vôlei
A central disse que prefere trabalhar com algo ‘mais livre’ após a aposentadoria. Por isso, não gostaria de estar diretamente ligada à instituições.
“Para seguir alguma coisa no vôlei eu teria que ficar presa em alguma instituição. No Minas, por exemplo, eu teria que ficar ali, e eu gostaria de ficar um pouco mais livre para realizar esses sonhos que eu tenho de pós-carreira”.
Carol Gattaz ressaltou ainda que deseja estudar e ficar mais próxima da família, mas que os planos não estão 100% traçados.
“Tem as coisas da nossa família em São José do Rio Preto, tem a oportunidade de estudar alguma coisa de esporte nos Estados Unidos. Enfim, tem um monte de coisa na minha cabeça, só preciso organizar para ver quais os períodos certos para fazer cada uma delas”.