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Vôlei: Renan Dal Zotto explica por que pediu demissão da Seleção Brasileira

Treinador comandou o selecionado do Brasil pela última vez neste domingo (8/10), em vitória sobre a Itália, pelo Pré-Olímpico
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O técnico Renan Dal Zotto explicou por que pediu para deixar o comando da Seleção Brasileira masculina de vôlei. Segundo o treinador, questões de saúde e um pedido da família motivaram a decisão.

“Meu amor ao vôlei é eterno, fiz dele meu ofício e seguirei neste caminho. Quero ver o vôlei brasileiro cada vez maior. Porém, neste momento não me sinto em condições de saúde adequadas essa função. Também foi um pedido da minha família”, declarou.

Dal Zotto vinha sendo pressionado por parte da torcida por conta do desempenho irregular da Seleção Brasileira. Apesar das dificuldades, conseguiu classificar o Brasil aos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A vaga veio neste domingo (8/10), com a dramática vitória por 3 a 2 sobre a Itália, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Após a classificação, Dal Zotto anunciou a despedida.

“O equilíbrio entre as seleções atualmente é a nova realidade do voleibol e que cada conquista merece ser muito valorizada. Tenho muito orgulho do que fizemos neste Pré-Olímpico. E tenho certeza que esse grupo fará um excelente papel em Paris 2024”, prosseguiu.

“Estarei na torcida por todos eles. Sou muito grato à comissão técnica, a todos os atletas que passaram pela equipe neste período e à CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Saio com a certeza de ter dado o meu melhor todos os dias”, completou o técnico.

CBV se despede

Presidente da CBV, Radamés Lattari exaltou Dal Zotto e o agradeceu pelo período à frente da Seleção Brasileira.

“A história do Renan se mistura com a história do vôlei brasileiro. Como jogador, abriu caminho, ao lado da geração medalha de prata em Los Angeles 94, para todos os triunfos que vieram depois. Fora das quadras, como gestor e técnico, conquistou importantes títulos nacionais. Estava na CBV como diretor de seleções na campanha do ouro no Rio 2016”, iniciou.

“E como técnico da seleção masculina, deixa um legado de títulos e de desenvolvimento de novos talentos, como o Darlan, que tanto brilhou no Pré-Olímpico. A superação pessoal que mostrou para comandar o time nos Jogos de Tóquio 2020, após graves problemas de saúde decorrentes da covid, sempre será lembrada. A CBV e o voleibol brasileiro só têm a agradecer a Renan Dal Zotto”, completou.

Quem vai substituir Dal Zotto?

A CBV ainda não anunciou o substituto de Renan Dal Zotto no comando técnico. Coordenador das seleções masculinas, Bernardinho será parte fundamental do processo de escolha.

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