VÔLEI DE PRAIA

Conheça Ana Patrícia, mineira que busca bicampeonato do Mundial de Vôlei de Praia

Ana Patrícia é mineira de Espinosa e começou sua história no esporte no handebol; disputa do bicampeonato mundial será neste domingo (15/9)
Foto do autor
Compartilhe

A mineira Ana Patrícia é uma das finalistas do Mundial de Vôlei de Praia, em Tlaxcala, no México. Ao lado de Duda, ela superou as australianas Mariafe Artacho e Taliqua Clancy por 2 sets a 0, com parciais de 21/17 e 21/14. Campeã do último mundial, disputado em Roma, ela vai em busca do bicampeonato mundial para o Brasil neste domingo (15/10), às 19h.

Pati, como é chamada pelos amigos, nasceu em Espinosa, no Norte de Minas Gerais. A região, uma das mais pobres do estado, tem 30 mil habitantes. Dominada pela caatinga e o cerrado, o município fica no Polígono das Secas, no limite com o Sertão baiano, a mais de 500 quilômetros do litoral.

Mesmo assim, foi justamente nas areias que ela decidiu brilhar. No entanto, tudo começou em outro esporte: no handebol. Aos 10 anos, seu maior sonho era mudar de escola para estrear a quadra da escola municipal.

Leia também:

Apesar de toda persistência e paixão pelo esporte, já perdia as esperanças quando foi descoberta, seis anos depois, ao ser convocada para jogar handebol nos Jogos Escolares de Minas Gerais, em Janaúba. Em casa, levou um banho de água fria: preocupados coma a viagem de 148 quilômetros, os pais, Eugênia e João Batista, disseram não.

Ana Patrícia não desistiu, se recordando de quando convenceu os pais a trocá-la de escola. E conseguiu mais uma vez. Em Janaúba, no entanto, chamou atenção pela altura. Seu 1,94m que a incomodava na escola se tornou diferencial e o olheiro Augusto Figueiredo convenceu os pais de Pati a deixá-la fazer testes no vôlei e no vôlei de praia em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Mudou-se para Betim e, seis meses depois, conquistou o ouro na praia nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim, na China, ao lado de Duda, sua dupla neste Mundial de Vôlei de Praia. Daí para frente, Pati não parou mais. Foi convidada pelo técnico Reis Castro para deixar as quadras de lado e jogar só nas areias. Aceitou e hoje, aos 26 anos, brilha nas areias do mundo.

Na Olímpiada de Tóquio, conquistou o quinto lugar, ao lado de Rebecca. Atualmente, além de representar o Brasil, Ana Patrícia empilha títulos pelo Praia Clube Uberlândia, de Minas Gerais. Neste domingo (15/9), enfrentará, ao lado de Duda, as norte-americanas Sara Hughes e Kelly Cheng, que derrotaram as compatriotas Kristen Nuss e Taryn Kloth por 2 sets a 1.

Compartilhe