VÔLEI

Vôlei: Fabiana cobra atletas, clubes e CBV após racismo na Superliga

Três jogadoras relataram ofensas racistas de torcedores no ginásio do Círculo Militar do Paraná, em Curitiba

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O caso envolvendo três jogadoras do Tijuca Tênis Clube que denunciaram manifestações racistas de torcedores do Curitiba Vôlei, em partida da Superliga B, na última sexta-feira (26/1), ganhou mais um desdobramento. Diante da situação, a bicampeã olímpica Fabiana Claudino, mais conhecida como Fabi, cobrou ações da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Ela também solicitou um posicionamento de clubes e atletas que se omitiram.

A central Dani Suco, a ponteira Camilly Ornellas e a levantadora Thaís Oliveira, jogadoras do Tijuca, relataram que ouviram durante a partida insultos racistas oriundos das arquibancadas do ginásio do Círculo Militar do Paraná, em Curitiba.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a meio de rede Fabi desabafou: “Me desulpa, eu juro que demorei a fazer esse vídeo, eu não sou muito de ficar aqui falando, mas não dá para aceitar mais, não dá para admitir porque se não isso não vai parar, isso vai continuar. Então não tenta duvidar quando a pessoa chegar e falar que tá sofrendo um crime, porque racismo é crime. E sabe o que aconteceu até agora? Nada, ninguém falou nada”.

“Vamos proteger o clube, vamos proteger todo mundo. Me poupe, não dá! O Curitiba me solta uma notinha no stories, que fica ali 24 horas, depois saí e ninguém viu mais nada. Cadê o respeito ao atleta? Cadê o apoio à menina? E atletas, vamos começar a falar, vamos começar a se posicionar e se proteger se não nada vai mudar. Não dá mais para ouvir que é torcedor, a gente não tem controle. Então começa a ter esse controle”, continuou.

Acorda, CBV!

Ainda no vídeo, Fabi pediu à CBV uma postura enérgica diante de um caso tão grave. “CBV, pelo amor de Deus! Acorda, acorda, dá um jeito nisso aí. A gente precisa se proteger, a gente precisa tá unido, porque isso já aconteceu no passado comigo e hoje não dá mais para admitir isso. Racismo é crime, pronto e acabou! A menina sofreu racismo dentro do ginásio e ninguém fez nada! 2024 e a gente… Vamos evoluir, a paciência já esgotou. Vamos agir!”, cobrou.

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