VÔLEI

Sassá diz que Mackenzie está alerta: ‘O Curitiba vai fazer o jogo da vida’

Campeã olímpica é um dos trunfos do Mackenzie para o jogo desta quinta-feira, contra o Curitiba, que vale vaga na Superliga A
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Aos 41 anos, Sassá é uma das maiores vencedoras do vôlei brasileiro. Ela é uma das lideranças do Mackenzie, que nesta quinta-feira (28/3) faz duelo decisivo com o Curitiba, em Belo Horizonte, pela segunda partida da série semifinal da Superliga B Feminina de Vôlei. Se vencer, o time de Belo Horizonte assegura volta à elite do vôlei brasileiro após 12 anos.

O jogo terá um duelo entre campeãs olímpicas em Pequim’2008. Na equipe mineira, Sassá, natural de Barbacena. No Curitiba, a também veterana meio de rede Valeskinha, de 47.

Em entrevista exclusiva ao No Ataque, Sassá falou da mudança como atleta nos últimos anos, de como se sente por defender um time mineiro na Superliga e da expectativa para o jogo decisivo desta quinta-feira, diante da torcida, em BH.

A carreira de Sassá

Sassá começou a carreira em sua terra natal, jogando no Olympic. As atuações chamaram a atenção do Vasco da Gama, quando estreou na Superliga. Depois foi para o Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho, disputando sete temporadas. Em 2008, se transferiu para o Osasco, onde ficou quatro anos. Em seguida, duas temporadas no Sesi-SP. Jogou uma no Gomicza, da Polônia, e retornou ao Brasil defendendo o Praia.

Foi na equipe do Triângulo Mineiro que havia disputado a última temporada como ponteira. Depois, atendendo ao pedido do técnico José Roberto Guimarães, tornou-se líbero. Nessa posição, atuou mais seis temporadas, por Brasília, Fluminense, Itajaí e Curitiba. Voltou a ser atacante agora, no Mackenzie.

Além da medalha de ouro olímpica, em Pequim’2008, Sassá tem quatro títulos da Superliga. Pela Seleção Brasileira, participou das conquistas de cinco ouros, duas pratas e um bronze do Grand Prix Mundial; duas pratas na Copa do Mundo; um ouro e uma prata na Copa dos Campeões, e uma prata nos Jogos Pan Americanos.

Sassá no Mackenzie

Sassá se diz feliz por atuar em um time formado, em maioria, por jogadoras jovens. “É muito importante”, afirma a experiente atleta.

Ao No Ataque, ela falou também sobre como se sente atuando no estado natal e o que deve ser determinante na partida desta quinta-feira, contra o Curitiba. Confira a entrevista completa a seguir.

É a segunda vez que defende uma equipe mineira, de seu estado. Como se sente?
“Está sendo uma experiência muito gratificante estar defendendo as cores do Mackenzie, um clube tão tradicional dentro do voleibol, que revelou tantas atletas nacionalmente e internacionalmente, para a Seleção Brasileira. Está sendo um orgulho muito grande.”

Como é atuar em um time com jogadoras jovens?
“Acho que essa mescla de juventude e experiência é muito válida em qualquer equipe, então estou muito feliz com essa troca que tenho com as atletas mais novas, podendo dar exemplos, dar conselhos e ver que elas também são determinadas a aprender, a crescer. É muito importante”.

Qual a diferença entre a Sassá campeã olímpica e a de hoje?
Sassá – “Eu acho que a principal diferença com certeza é a experiência, né? A Olimpíada foi um marco na minha carreira, onde pude viver a melhor fase, física e mentalmente. Então, a questão da experiência é o que contou mais de lá pra cá. Hoje sou uma atleta mais resiliente, mais paciente, não me cobro tanto quanto me cobrava antes. Acredito que, na verdade, todo atleta se cobra muito, mas hoje em dia a gente sabe dosar essa questão pra não virar uma ansiedade excessiva. A experiência tem sido a principal diferença entre a Sassá de 2008 e a Sassá de de hoje”.

Há um sentimento diferente em defender uma equipe mineira, já que você é de Barbacena?
Sassá – “Defender um clube de Minas Gerais é sempre um motivo de muito orgulho. Eu tive a oportunidade de jogar no Praia e essa é a minha segunda temporada jogando em Minas. Eu também nunca tinha morado em Belo Horizonte, então tá sendo uma experiência muito, muito bacana. Estar jogando perto dos amigos, da família, onde eles estão tendo a oportunidade também de acompanhar mais de perto os jogos. Com certeza esse também foi um dos fatores que mais me motivou a estar representando o Mackenzie hoje”.

O que é mais importante no jogo para chegar à final e levar o Mackenzie de volta à Superliga A?
“A principal preocupação é diminuir o número de erros. No último jogo, em Curitiba, a gente errou bastante, nos colocamos em momentos muito delicados da partida. Neste jogo, a gente tem de se concentrar nessa questão de diminuir os erros e fazer uma apresentação melhor do que foi em Curitiba”.

Como espera o Curitiba neste segundo jogo?
“Acho que Curitiba vai fazer o jogo da vida. O jogo do tudo ou nada. E isso acaba sendo muito perigoso. Mas acho que a gente tem que estar focado no nosso time. Temos um elenco muito forte, impondo o nosso ritmo, fazendo o nosso melhor, temos condições de sair com a vitória. Então, a gente vai trabalhar para isso, e acho que vai ser uma grande partida, um grande espetáculo mais uma vez. O voleibol só tem a ganhar com esse espetáculo”.

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