VÔLEI

Serginho comenta retorno à Seleção Brasileira de Vôlei: ‘Gratificante’

Escadinha revelou ainda como busca ajudar o time a lidar com a pressão e as críticas
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Serginho está de volta à Seleção Brasileira Masculina de Vôlei! O ex-líbero agora assumirá o cargo de auxiliar técnico a convite do multicampeão Bernadinho, atual técnico brasileiro.

Em entrevista à Gazeta Esportiva, Serginho contou como seu retorno, após oito anos, pode ajudar os atletas a lideram com a pressão e com as críticas. “O Bernardo é um grande amigo meu, poder estar lá ajudando a Seleção Brasileira de alguma forma é gratificante demais, porque a gente conhece a Seleção Brasileira, fiquei 16 anos da minha vida lá.”

“Poder ajudar dessa forma, ajudar os mais novos a entender o quanto é que essa camisa é pesada, o quanto eles vão ter que lidar com a pressão de ter que ganhar, com as críticas, porque as críticas hoje estão muito pesadas. É o preço que se paga por conta de mídias sociais, de técnicos que estão no sofá, que nunca jogaram voleibol, que se acham no direito de criticar a nível pesado, mas é o que o mundo oferece hoje. Então, poder ajudar os meninos e passar um pouco da experiência é muito válido.”

O ex-jogador também comentou como poderá contribuir para o desenvolvimento dos líberos e do time como um todo. Atuando como líbero, Escadinha, como também é conhecido, se tornou um dos grandes nomes do esporte, com diversos títulos, medalhas e prêmios individuais.

“A gente consegue enxergar e entender o voleibol como ele é, e alguns feedbacks conseguimos dar. O importante é buscarmos a evolução não só de líberos, mas de todo um time. Porque no voleibol a gente precisa de todo mundo, quando um erra, já era. Todo mundo ali dentro é importante, não só o líbero, mas o levantador, técnico, fisioterapeuta, tudo tem que funcionar muito bem.”

Experiência nova

Convocado para a Seleção pela primeira vez em 2001, Serginho vestiu a camisa do Brasil até 2016. Agora, do outro lado, o ex-atleta revelou como tem sido essa nova experiência.

“É ruim (risos). Eu sofro demais, o legal é jogar, né? Ficar lá de fora torcendo não é bom, não. Eu sofro, porque eu sou um cara que não consigo muito ficar quieto ali não, eu torço, o negócio é mais forte do que eu. Mas é muito ruim ficar do lado de fora. Porque ali dentro, eu acho que assim… você vê o problema, acho que você consegue resolver. Quando você tá do lado de fora, você vê o problema, mas você não consegue resolver, transformar aquilo em uma ação.”

A Seleção Brasileira ainda conta com alguns atletas que jogaram nas quadras ao lado de Serginho, como Bruninho, Lucão e Lucarelli. Escadinha também descreveu como está sendo esse reencontro e elogiou a liderança desses jogadores no ciclo atual.

“É muito legal, tá ali. Lucão, Bruninho e Lucarelli foram os caras que remanesceram de 2016. Ver o que os caras se tornaram… Vi a entrada deles quando eles eram novos na Seleção Brasileira, eles eram super jovens. Vi quando eles foram integrados. Ver a evolução deles como líderes de uma nova geração que está vindo é muito importante. Isso quer dizer que a nossa ‘doutrina’, dos mais velhos, funcionou e eles se tornaram grandes líderes, isso é bom”, afirmou.

Na última competição disputada, a Liga das Nações, a primeira com Serginho de auxiliar e Bernardinho no comando, o Brasil parou nas quartas de final. A Seleção perdeu de virada por 3 sets a 1 para a Polônia. Agora, a equipe nacional segue em preparação para as Olimpíadas de Paris 2024.

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