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Vôlei: Carol Gattaz revela salário de jogadora ‘top’ no Brasil

Gattaz disse que os clubes brasileiros pagam bem para as jogadoras de ponta, porém ficam abaixo de mercados como Turquia, Itália e Rússia
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Quanto ganha um atleta de vôlei no Brasil? O tema foi pauta da participação de Carol Gattaz no Charla Podcast.

A central de 43 anos, que trocou o Minas pelo Praia Clube, disse que os clubes brasileiros pagam bem para as jogadoras de ponta. Contudo, países como Turquia, Itália e Rússia estão bem à frente no quesito valorização financeira.

“Obviamente que a gente ganha bem. As atletas principais no Brasil ganham bem. Mas não dá para comparar com os times principais da Turquia, da Itália e da Rússia. Até porque lá se ganha em euro e dólar, que são moedas fortíssimas. Nosso país ainda está com a moeda desvalorizada, então fica difícil competir”.

Carol Gattaz no Charla Podcast

“Deve ser em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 1,8 milhão por temporada”, completou o educador financeiro Marcelo Claudino, da Top Family Office, também entrevistado pelos apresentadores Bruno Cantarelli e Beto Junior.

Segundo Carol, somente “um por cento” recebe os valores citados pelo CEO da Top Family. “As outras são bem abaixo. E também são poucas as que ganham acima de R$ 1 milhão ou perto de R$ 1 milhão“.

Marcelo acrescentou que o mercado do voleibol brasileiro ficou muito estagnado nos últimos anos devido à menor atuação de patrocinadores. “Os atletas ganham menos hoje do que recebiam em 2013. É um levantamento que já fiz”.

Assim, conforme Carol Gattaz e Marcelo Claudino, uma jogadora de grande renome no Brasil tem salário mensal que varia de R$ 125 mil a R$ 150 mil, enquanto outras de nível alto, mas não tão conhecidas, embolsam cerca de R$ 80 mil.

Carol Gattaz e Marcelo Claudino no Charla Podcast (Reprodução/YouTube)

Carreira de Carol Gattaz

Voleibolista profissional desde 1998/99, Carol Gattaz teve apenas uma experiência fora do Brasil, em 2007/08, quando jogou no Monte Schiavo Jesi, da Itália. O clube pelo qual a central mais atuou é o Minas, de 2014/15 a 2023/24.

Gattaz ainda passou por São Caetano, Osasco, Rio de Janeiro, Vôlei Futuro, Campinas e outros. Por quase 20 anos, representou a Seleção Brasileira, porém disputou apenas uma Olimpíada, a de Tóquio 2020, em que terminou com a medalha de prata.

Patrocinadores nos nomes dos clubes

Uma das peculiaridades do vôlei no Brasil é a inserção dos patrocinadores nos nomes dos clubes. O Minas, campeão da Superliga Feminina em 2023/24, tem a Gerdau (produtora de aço) como parceira, enquanto o Praia Clube, vice-campeão, é apoiado pela Dentil (fabricante de produtos de higiene bucal).

É justamente a parceria com a iniciativa privada que permite aos clubes de vôlei competir em alto nível na Superliga Brasileira, visto que a modalidade, embora conte com milhões de fãs no país, não dispõe das mesmas receitas de bilheteria e direitos de transmissão em comparação ao futebol.

Os times da Superliga Feminina 2024/25

  • Gerdau Minas (atual campeão)
  • Dentil/Praia Clube
  • Sesc Flamengo
  • Osasco
  • Sesi Bauru
  • Fluminense
  • Pinheiros
  • Barueri Vôlei
  • Unilife Maringá
  • Brasília Vôlei
  • Mackenzie/Cia do Terno (campeão da Superliga B)
  • Brusque (vice-campeão da Superliga B)
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