ENTREVISTA EXCLUSIVA

Rebeca Andrade revela por que foi a BH ver Gabi e outras atletas de vôlei

Dias após os Jogos Olímpicos de Paris, ginasta visitou Belo Horizonte e se encontrou com estrelas da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei
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Aquela noite de sábado em Belo Horizonte estava mais agitada que o normal. Em meio aos bares lotados na Savassi, ninguém menos que Rebeca Andrade sorria e acenava, em agradecimento aos gritos dos fãs. Com ela, Gabi Guimarães, Pri Daroit, Carol e Anne, estrelas do vôlei. Mas, afinal, por que a ginasta – que vive no Rio de Janeiro – havia viajado para a capital mineira?

Em entrevista exclusiva ao No Ataque, Rebeca respondeu e contou detalhes da visita a BH. A maior medalhista olímpica brasileira disse que o “bate e volta” na cidade foi justamente para ver Gabi e Carol, amigas que fez durante os Jogos de Paris 2024.

  • A entrevista de Rebeca Andrade ao No Ataque será publicada ao longo dos próximos dias no nosso site

O trio combinou de se encontrar para comemorar as medalhas conquistadas na França. Carol e Gabi foram bronze com a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, enquanto Rebeca foi ao pódio impressionantes quatro vezes (ouro no solo, prata no salto e no individual geral e bronze na disputa por equipes).

“Quando elas me chamaram para ir a Belo Horizonte foi sensacional. Eu já tinha ido uma vez, mas eu era muito pequena, então não lembrava de muita coisa. Mas a gente já queria comemorar essa medalha. Já estava no Brasil conversando, e eu falava: ‘Não, gente, a gente precisa comemorar a nossa medalha’. E elas: ‘Sim!’. Fui para BH e foi muito bom. Fiquei muito feliz de estar um pouco mais próxima das meninas, de criar uma conexão de amizade, a gente pode colocar assim, porque é um contato muito gostoso”, contou Rebeca, ao NA.

A ginasta passou um fim de semana em BH, entre 17 e 18 de agosto. Conheceu os bares na Savassi e foi à academia com Gabi, mas não conseguiu conhecer outros pontos turísticos da capital. Faltou-lhe tempo. Mas ela garante que quer voltar para aproveitar mais.

“Foi uma visita super rápida, não consegui ver muita coisa. Eu fui mesmo porque queria encontrar as meninas, dar aquele abraço, falar mais uma vez o quanto eu estava orgulhosa delas, descontrair também, falar sobre outras coisas. Foi muito incrível. Espero, de verdade, poder voltar e conhecer um pouquinho mais ainda de BH”, continuou Rebeca.

“Agora que eu já tenho uma visão… ‘Meu Deus, todo mundo gosta de mim lá!’ (risos). Então, quero voltar, sim. Foi muito, muito incrível. Estar com elas é sempre maravilhoso. São pessoas incríveis e eu admiro demais, demais mesmo as atletas que elas são”, completou a atleta, dona de seis medalhas olímpicas na carreira (dois ouros, três pratas e um bronze).

Rebeca Andrade beija medalha conquistada em Paris - (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Rebeca Andrade beija medalha de ouro conquistada em Paris. Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Como Rebeca ficou próxima das jogadoras de vôlei?

Em Paris, Rebeca Andrade diz ter aproveitado como nunca os Jogos Olímpicos. Ela visitou pontos turísticos, foi às compras, fez amigas… E, ao término das competições na ginástica, teve a oportunidade de acompanhar outras modalidades. Foi assim com o vôlei – ela estava, por exemplo, na Arena Paris Sul 4 na derrota da Seleção Brasileira Feminina para os EUA por 3 a 2, na semifinal.

“Eu consegui ficar mais próxima das meninas agora em Paris. Eu sou uma atleta um pouco mais fechada, então não falo muito com as pessoas, não saio muito. Agora, em Paris, eu me permiti viver cada coisinha. Então, eu falei com as meninas do vôlei, as meninas do handebol, pessoas de vários outros esportes. E foi muito, muito incrível, uma experiência maravilhosa”, iniciou.

Após a derrota na semi, Rebeca, acompanhada da skatista Rayssa Leal, encontrou-se com as jogadoras na zona mista e as consolou. Aqueles contatos em Paris se estenderam nos dias seguintes, em trocas de mensagens. Até que a ginasta aceitou o convite e resolveu ir a Belo Horizonte, cidade onde Gabi e Carol nasceram. Pri Daroit, que joga no Minas Tênis Clube e não estava na Olimpíada, foi ao encontro a convite das amigas; Anne, esposa de Carol, também.

“As meninas são muito incríveis, cara. Sempre admirei demais, sempre torci demais. Não vou falar que eu acompanho todas as competições delas, porque seria mentira, já que minha rotina também é muito intensa, então é muito difícil acompanhar tudo. Mas sempre que eu tenho a oportunidade, estou torcendo, sim. Eu assisto pela TV. Porque a gente, que é atleta, sabe como é bom ter outras pessoas torcendo por nós, pessoas que entendem toda a nossa rotina e estão ali querendo o nosso bem e que tudo dê certo”, disse Rebeca.

“A gente se entende muito. Não entende 100% o esporte das outras, mas a gente compreende que tem uma rotina, a vida de atleta. Poder falar sobre outras coisas que não são só relacionadas ao esporte é muito legal. Então, criei uma relação maravilhosa com as meninas e espero levar para a vida toda”, completou a ginasta.

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