Apesar da atuação aquém na final do Sul-Americano Masculino de Vôlei – fez só oito pontos -, não é fácil de tirar um jogaddor como Wallace de quadra, principalmente em um momento de definição. O capitão do Cruzeiro é campeão olímpico, colecionador de taças com a camisa celeste e um dos atletas mais decisivos do Brasil. Porém, Filipe Ferraz optou por tirar o oposto na reta final do duelo com o Praia e explicou o porquê.
O técnico do Cruzeiro conversou com o No Ataque após a vitória por 3 sets a 2 sobre o rival Praia Clube, no domingo (16/3), no UTC, em Uberlândia, que confirmou o nono título seguido do Sul-Americano, e falou sobre a substituição: entrada de Oppenkoski na vaga de Wallace.
Filipe Ferraz fez questão de destacar a importância do medalhista de ouro no Rio de Janeiro 2016 e a boa relação que tem com o atleta, mas deu a explicação tática para a mudança.
“Tenho uma relação particular com Wallace, é muito amigo desde a época de jogador. Agora, como treinador, lógico que existem as diferenças e tudo, mas por um momento não é fácil, né? Você tirar um cara que é campeoníssimo, um cara que é campeão olímpico, mundial, MVP, e nos dá tantas alegrias, mas se encontrou num momento de dificuldade”, disse Filipe, que seguiu.
“Eu senti que o time precisava [mudar]. O [Matheus] Brasília estava usando muita parte da frente do jogo, e eu precisava usar um pouquinho a parte de trás. E o Wallace não estava legal, e eu pensei, cara, vou ter que tirar o Wallace, e, nesse momento, a entrada do Oppenkoski fez o time realmente mudar, e mudou a história do jogo. Até foi o MVP”
Filipe Ferraz, técnico do Cruzeiro
A entrada de Oppenkoski na vaga de Wallace
A mudança, claramente, foi difícil de ser feita. Porém, surtiu muito feito rapidamente, até fazendo com o suplente recebesse uma premiação individual e elogio de Wallace – veja aqui.
Oppenkoski foi responsável por 22 pontos, sendo alguns decisivos, como os dois que definiram o quarto set – após oito match points do Praia – e os dois últimos do tie-break, os quais decretaram o título.
Até por esse desempenho, Oppenkoski foi eleito o melhor jogador do Sul-Americano Masculino de Vôlei de 2025, mesmo tendo sido reserva durante boa parte da competição.