Pri Daroit, ponteira do Minas, anunciou nesta segunda-feira (24/3) a aposentadoria da Seleção Brasileira. Aos 36 anos, a jogadora revelou ao site WebVolei que decidiu encerrar o ciclo na equipe nacional, citando o desgaste físico e a exigência do calendário como fatores determinantes para a decisão. Apesar do anúncio, a atleta não vinha sendo convocada.
“Não quero mais voltar para a Seleção. Meu tempo e meu ciclo se esgotaram. Vou fazer 37 anos, estou sofrendo muito com meu joelho”, declarou Pri.
A atleta ressaltou o impacto da rotina intensa de treinos e competições ao longo dos anos. “Ao mesmo tempo que é muito gostoso o reconhecimento, é muito desgastante também. Bato palmas para as meninas que ficam 10, 12 anos nesse ritmo, clube, Seleção Brasileira, viagens longas, campeonatos longos”, ponderou.
Cortada dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Pri Daroit já havia assimilado que aquele seria o ponto final de sua trajetória com a camisa verde e amarela. “O desgaste é muito grande. Quando fui cortada, eu falei: ‘Acabou’. É uma coisa bem trabalhada. Encerrou o ciclo e tudo bem. Foi muito bom no tempo que eu estive lá. Estou muito bem resolvida”, completou.
Carreira marcada por títulos e longevidade no Minas
Natural de Porto Alegre-RS, Priscila Zalewski Daroit construiu uma trajetória de destaque no vôlei nacional, especialmente com a camisa do Minas. A ponteira passou quatro anos na equipe juvenil (2007-2010) e, após rodar por outros clubes, retornou em 2016 para atuar no time profissional. Em 2020, fez sua terceira passagem por Belo Horizonte, onde permanece até hoje.
Ao longo dessas idas e vindas, a gaúcha de 1,85m conquistou dez títulos pelo Minas, além de colecionar prêmios individuais, como o troféu de melhor ponteira do Sul-Americano 2024.
Pela Seleção Brasileira, a principal conquista foi o Grand Prix de 2013. Em 2022, foi vice-campeã da Liga das Nações, perdendo a final para a Itália, e também do Campeonato Mundial, quando o Brasil foi derrotado pela Sérvia na decisão.
