“O motor do time”. Essa é a descrição feita por Honorato do seu papel na Seleção Masculina de Vôlei. Conhecido por ser um “ponteiro de composição”, ou seja, que tem o “fundo de quadra” e o passe como pontos mais destacáveis que os ataques, o ex-jogador do Minas foi um dos grandes destaques da vitória por 3 sets a 0 da equipe sobre o Irã, nessa quarta-feira (12/8), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, pela estreia do Brasil na Liga das Nações, a VNL.
Além de ir bem na função que costuma desempenhar, o paraibano também se destacou na rede, seja no ataque ou no bloqueio – foram oito pontos anotados, dois deles de bloqueio.
“Estou muito feliz por ter feito meu papel, apesar de não ser o papel mais ofensivo, sou um cara que é o motor do time para fazer o sistema funcionar. Mas fico muito feliz de ter contribuído nos ataques, bloqueios, saques, e acredito que esse é o meu papel na equipe. Foi uma estreia muito boa, vitória de 3 a 0, para começarmos com moral o ciclo olímpico. Dá aquele friozinho na barriga”
Honorato
Na sequência, o ponteiro – um dos nomes mais festejados pela torcida no Maracanãzinho – festejou o ginásio e relembrou as outras ocasiões em que atuou no local.
“Fico muito feliz de jogar aqui no Maracanãzinho, já é minha terceira vez. Já joguei o Pré-Olímpico em 2023, ano passado na etapa da Liga das Nações. É uma energia muito legal. Fico feliz de ter podido contribuir com a equipe nessa vitória, importante para dar moral, toda estreia tem aquele friozinho na barriga. Tive o suporte de todos, não só os que estavam dentro de casa mas a galera que estava fora também. Todos apoiando, dando informações ao longo do jogo. Foi uma vitória do grupo”, disse.
Honorato protagonizou momento inusitado
Honorato defendeu “pancada” de jogador do Irã com o peito no início do segundo set. Após bater na caixa torácica do paraibano, a bola fez trajetória surpreendente: encobriu toda a defesa iraniana, caiu do outro lado da quadra e marcou ponto para a equipe de Bernardinho.
Apesar de Honorato ter sido o responsável pelo tento, ele não foi contabilizado com o ponto, já que a bola tocou no líbero do Irã, que tentou salvá-la antes de ela cair no chão. Perguntado pelo No Ataque sobre o lance, o ponteiro nordestino explicou como se posicionou para fazer a defesa e, na sequência, brincou ao pedir que a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) reconsidere as regras.
“É um pouco de posionamento e sorte. Vi que tinha um gapzinho no bloqueio, me posicionei bem e com coragem veio o peito e a bola subiu. Fico muito feliz por isso, é trabalho”
Honorato
“Eu acho que deveria valer ponto na estatística, fica a dica para a FA rever (risos)” brincou o ex-jogador do Minas.
“Todo ponto que tem uma defesa bonita dá um gás na equipe, fico feliz quando faço uma defesa legal para dar uma incendiada na equipe, a equipe está de parabéns, principalmente porque fizemos o ponto, isso é muito importante”, finalizou.