VÔLEI

Bicampeã olímpica diz que toque ataque é retrocesso no vôlei: ‘Isso me incomoda bastante’

Medalhista de ouro em Pequim 2008 e Londres 2012, a lenda do vôlei brasileiro não é favorável ao toque ataque, inovação do esporte

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Uma das grandes mudanças recentes do vôlei foi a permissão para que os atletas realizem o toque ataque sem que a infração de condução seja marcada. Porém, o movimento está sendo criticado por parte dos fãs do esporte. Bicampeã olímpica de vôlei – Pequim 2008 e Londres 2012 -, Paulo Pequeno disse que o movimento é um retrocesso e deixou claro que fica incomodada com a utilização do fundamento.

Em vídeo publicado no próprio no Instagram, Paulo Pequeno demonstrou a insatisfação com o toque ataque. A ex-atleta também é comentarista do Grupo Globo e já havia manifestado a opinião contrária ao movimento durante a transmissão de alguns jogos.

“Toque ataque: na minha opinião, é uma involução do ataque no vôlei, principalmente com a qualidade dos jogadores e jogadoras que a gente vê na atualidade, a estatura que está cada vez mais alta. Isso me incomoda bastante, é um golpe que para mim é totalmente desnecessário pela qualidade do voleibol atual”, disse Paulo Pequeno, que seguiu.

“Vamos imaginar que na final de uma Olimpíada, no último ponto, o atleta dá um toque ataque para fora. Final de Mundial, o atleta dá um toque ataque na rede. No momento decisivo, o atleta resolve dar um toque ataque e é bloqueado. Para mim, como atacante, seria muito humilhante. E como espectadora que hoje sou, não gostaria de ver uma cena como essa”

Paula Pequeno, lenda do vôlei brasileiro

O que é o toque ataque no vôlei?

Como o próprio nome deixa claro, o toque ataque é uma forma de atacar a bola de vôlei e passar ao outro lado com um toque, ou seja, com as duas mãos, em vez de uma cortada com uma mão só.

O uso das duas mãos somado ao movimento de alavanca para que seja realmente um ataque – diferenciando de um simples toque – é discutível pela semelhança pelo que foi popularizado como condução.

Porém, a mudança recente da regra da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), que entrou em vigor nesse ano, fez com que a regra da “carregada” se tornasse mais permissiva. Desta forma, os árbitros não estão marcando infração, e alguns jogadores estão usando o toque ataque.

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