A ponteira Gabi, capitã da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, revelou que a equipe ficou “um pouco perdida” no bloqueio e na defesa durante a partida contra o Japão, neste sábado (26/7), em Lodz, na Polônia. Apesar das dificuldades, as brasileiras venceram por 3 sets a 2 (23/25, 25/21, 25/18, 19/25, 15/8) e garantiram uma vaga na final da Liga das Nações (VNL).
“Estou muito feliz e orgulhosa do time pela resiliência e pela capacidade de, mesmo não começando o jogo tão bem, conseguirmos voltar para a partida e retomar nossa confiança. A comissão técnica jogou com a gente o tempo inteiro, passando informações. Ficamos um pouco perdidas durante o jogo, sem conseguir ajustar o bloqueio e a defesa. Com o tempo, a gente conseguiu se comunicar um pouco melhor, defender um pouco melhor. Você vê, puxa para um lado, joga para o outro, a gente ataca uma, duas, três vezes e a bola volta, mas estamos orgulhosas. Não foi nossa melhor partida, mas buscamos a vitória. Foi muito difícil perder o quarto set e ter que voltar para o tie-break com outra cabeça”, disse Gabi, ao SporTV.
O Brasil enfrentará na decisão a Seleção Italiana, que venceu a Polônia por 3 sets a 0 (25/18, 25/16 e 25/14), também neste sábado. A disputa pela medalha de ouro está marcada para domingo (27), a partir das 15h (de Brasília).
Gabi aponta as atuais campeãs olímpicas como favoritas ao título.
“É isso, é resiliência, muita força. Agora é descansar, pois temos pouquíssimo tempo para nos preparar para a final contra a Itália, que é a grande favorita. Elas fizeram uma partida alucinante contra a Polônia, jogando muito bem. Mas a gente sabe que tem time para bater de frente com elas; precisamos jogar um pouco melhor. Com essa cabeça, essa resiliência, essa força de vontade e a união do grupo, e com a comissão técnica nos ajudando, tenho certeza de que conseguimos bater de frente amanhã”, afirmou.
Fé na vitória na final da VNL
Apesar de reconhecer o favoritismo da Itália, Gabi acredita que o Brasil tem condições de fazer um jogo de igual para igual na final.
“A gente já vai conversar no vestiário, comer o mais rápido possível e descansar, dormir pelo menos oito, nove horas, para ter o descanso necessário. O desgaste foi muito grande, não só físico, mas também mental. Não fizemos uma grande partida, mas conseguimos sair de uma dificuldade, de um momento difícil. Amanhã é ir com tudo. A pressão está com elas, que são as favoritas, mas mostramos uma evolução muito grande na Liga das Nações. É um jogo, temos que ir com tudo, começar muito bem, jogar agressivo e buscar esse título de verdade.”