No futebol feminino, a ex-volante Formiga fez história ao participar de uma Copa do Mundo aos 41 anos. Entre os homens, o goleiro Fábio segue em alto nível aos 44. No basquete, o ala LeBron James tem 40, enquanto o piloto Fernando Alonso continua na Fórmula 1 aos 44. E nessa mesa de atletas que são exemplos de longevidade em alto nível no esporte também está sentada Carol Gattaz, representante do vôlei.
Em Tóquio 2020 – Olimpíada disputada em 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus -, Carol ficou com a prata aos 41 e se tornou a brasileira mais velha a conquistar uma medalha olímpica. Com recém-completados 44 anos, a central se recupera de grave lesão para retornar à prática do voleibol e é uma das referências técnicas do Praia Clube. Só que a idade já está fazendo a atleta refletir sobre aposentadoria.
Em entrevista exclusiva ao No Ataque, Carol Gattaz falou que a temporada 2025/26 talvez seja a última como jogadora. Ela deixa claro que evita cravar para não delimitar a trajetória no vôlei, principalmente porque a decisão de “pendurar as joelheiras” vai depender do retorno às quadras – que deve ocorrer a partir de dezembro.
“Eu já venho programando minha aposentadoria. Já está perto, né? Talvez eu jogue mais esta temporada e já me aposente, mas isso tudo vai depender de como vou voltar fisicamente. Se eu voltar bem ou as próximas propostas… Eu deixo no ar porque eu não gosto de colocar uma barreira, mas já estou vendo que está na hora de pendurar as joelheiras”
Carol Gattaz, central do Praia Clube
As possíveis atividades de Carol Gattaz após se aposentar do vôlei
A reflexão sobre a aposentadoria faz com que Carol Gattaz pense nas atividades após a aposentadoria. A central de 44 anos ainda não definiu qual será o caminho futuro, mas ressaltou a importância de estar próximo ao esporte, com destaque, claro, ao vôlei.
“Talvez ter uma vida linkada ao esporte, alguma coisa de gestão esportiva, que é um curso que sonho em fazer também. Enfim, vamos ver. Quero alguma área ligada ao esporte, ao vôlei, e vamos ver se vai rolar aí depois, num pós-carreira, que infelizmente vai ser em breve”
Carol Gattaz, jogadora de vôlei
Carol Gattaz já atuou como comentarista em jogos no Grupo Globo. Ela citou a parceria com os canais da emissora carioca e a possibilidade de trabalhar em alguns torneios, mas também pontuou que alguns negócios familiares chamam a atenção.
“Eu tenho algumas coisas familiares em mente para tocar. Algumas coisas no esporte, que é o que quero realmente seguir. Como comentarista, talvez, de repente não fixa, mas estar lá sempre comentando alguns jogos, porque eu adoro, principalmente pelo SporTV, que é meu parceiro há tantos anos. A primeira vez que eu comentei foi em 2008”, disse Gattaz.
O que falta na carreira de Carol Gattaz?
É fato que a trajetória de Gattaz no vôlei está próximo do fim. Mas o que faltaria para a carreira de uma atleta que é multicampeã da Superliga – são seis títulos, sendo três pelo Minas, dois pelo Rio de Janeiro e um pelo Osasco – e medalhista olímpica?
Carol fez questão de demonstrar gratidão pelo que foi construído, mas frisou que, a curto prazo, o que está faltando é o troféu da liga nacional pelo Praia Clube – ela conquistou “só” o Sul-Americano pela equipe de Uberlândia.
“É óbvio que minha carreira foi sempre cheia de conquistas, então falo que sou muito bem realizada. Eu seria uma pessoa [ingrata] se reclamasse de alguma coisa. Então sou muito realizada com o que tenho, com o que ganhei, com o que conquistei. Não falta nada no âmbito maior”, disse Carol.
“Mas no meu cenário hoje, o que falta é o título com o Praia Clube, o título da Superliga. Então eu vou lutar muito pra tentar conseguir esse título com a camisa do Praia Clube”
Carol Gattaz, central do Praia
Na entrevista exclusiva ao No Ataque, Carol Gattaz falou sobre diversos assuntos. Fique atento nos próximos dias para novos conteúdos!
