A campeã olímpica Tandara teve a suspensão ampliada pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) após descumprir pena por doping. A punição sofrida de mais dois anos – até julho de 2027 – à oposta medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 ocorreu por uma participação em um torneio master em meio à sanção anterior.
É possível ver o nome de Tandara na atualização da ABCD divulgada nesta quinta-feira (31/7) sobre os “atletas suspensos em definitivo”. A única mudança em relação à publicação anterior envolveu justamente “Tandara Alves Caixeta” por “violação de suspensão” com a “suspensão de dois anos” entre “7 de julho de 2025 e 6 de julho de 2027”.
A primeira sanção ocorreu em 2022 quando a Justiça julgou Tandara pelo uso de Ostarina – substância probida que pertence a uma classe de anabolizantes e ajuda no ganho de massa muscular -, punindo a atleta por quatro anos sem a possibilidade de jogar vôlei de forma competitiva.
Como a jogadora, que atualmente está com 38 anos, estava suspenso preventivamente desde 2021, ela poderia retornar no segundo semestre de 2025, e até existiram rumores sobre uma possível volta à Superliga.
No entanto, a ABCD deu uma nova punição à atleta, impedindo a volta até 2027, devido à participação de Tandara em um Campeonato Brasileiro Master, em maio de 2024, em Santos, no litoral de São Paulo. O No Ataque havia divulgado a possibilidade de ampliação da sanção em 3 de maio de 2024.
A nova punição ocorreu porque, embora seja uma competição amadora, o torneio master, organizado pela Associação Nacional de Esportes, contou com atletas profissionais e ainda utilizou estabelecimentos de clubes de elite, como os ginásios, o que é proibido pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem.
Durante a punição, além da participação indevida no torneio de atletas masters, Tandara se tornou política. Ela tentou ser deputada federal em 2022 e vereadora na capital paulistana em 2024, mas não teve votos suficientes para se eleger.
