VÔLEI

Estrela do vôlei tentou adiar aposentadorias de Thaísa e Carolana da Seleção

Em entrevista exclusiva ao Olimpicast, videocast do No Ataque, craque do vôlei disse que tentou convencer centrais a continuarem na Seleção

O meio de rede da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei foi o setor mais impactado após a Olimpíada de Paris 2024′. Titulares absolutas nos Jogos da França e de Tóquio 2020 (disputados em 2021), Thaísa e Carolana decidiram se aposentar da equipe nacional. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, Gabi Guimarães, revelou ter tentado convencê-las a permanecer por mais tempo no time de José Roberto Guimarães, mas admitiu que as mudanças “fazem parte do processo” de renovação.

Segunda melhor atleta de vôlei do mundo em 2024, pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), e capitã da Seleção, Gabi é a primeira convidada do Olimpicast, novo videocast de entrevistas do No Ataque. O programa está disponível em NoAtaque.com.br e nas plataformas de áudio e vídeo – assista abaixo.

‘Só mais um pouquinho…’

Gabi explicou que tentou convencer a dupla a ficar na Seleção, mesmo que fosse “só por mais um ano”, para a disputa do Campeonato Mundial da Tailândia, no qual a equipe busca o título inédito.

“A gente sempre tenta, né? [risos] Não tem jeito, não tem como não tentar convencer uma Thaísa, uma Carol, essas meninas, a ficarem um pouquinho mais. São jogadoras extremamente importantes. Não tem como a gente não tentar: ‘Não, só mais um pouquinho, só mais um ano’. Mas faz parte do processo. São jogadoras que já se entregaram tanto durante tantos anos para a Seleção Brasileira. Deixaram um legado incrível para a gente

Gabi Guimarães, em entrevista exclusiva ao Olimpicast, videocast do No Ataque

Única bicampeã olímpica ainda em atividade, Thaísa já havia anunciado que encerraria as atividades pelo Brasil e focaria apenas no Minas após os Jogos de Paris 2024. A jogadora de 38 anos disputou cinco Jogos Olímpicos – foi ouro em Pequim 2008 e Londres 2012; quadrifinalista em Rio 2016; prata em Tóquio 2020 (disputados em 2021) e bronze em Paris 2024.

Já Carolana havia pedido para ficar de fora da Liga das Nações (VNL) deste ano, conforme revelou Zé Roberto Guimarães em maio, durante em entrevista exclusiva ao No Ataque. O técnico colocou em dúvida um possível retorno dela para o Mundial ou para os anos seguintes do ciclo olímpico de Los Angeles 2028, pois, na visão dele, “Seleção não é lugar que você pode estar escolhendo ‘agora eu vou, agora não vou’. Em Seleção você tem que fechar um ciclo, tem que participar.”

Meses depois, no início de agosto, a central belo-horizontina de 34 anos anunciou a aposentadoria da equipe nacional afirmando que algumas situações “não fazem mais sentido na vida dela” e ressaltando que o momento é de abrir espaço para novos talentos do vôlei nacional.

‘Grande leva de renovação’

O desejo de Carolana vem se realizando, como ressaltou a própria Gabi. A renovação na Seleção têm evidenciado novos grandes talentos, e o meio de rede é um dos casos mais emblemáticos. Com as saídas de Thaísa e Carol, Júlia Kudiess, de 23 anos, assumiu a titularidade absoluta e brilhou na Liga das Nações (VNL), compondo a seleção do torneio e ultrapassando Carolana e Ana Beatriz para assumir o recorde de mais bloqueios em uma edição do torneio.

“A gente vem com uma leva grande de renovação também. Você vê as meninas jogando muita bola, querendo realmente brigar pelo espaço e por essa vaga. Sem dúvida nenhuma sentimos muita falta, mas vemos também a oportunidade aparecendo e essas meninas aproveitando bastante. E é isso que a gente precisa.”

Gabi Guimarães, em entrevista exclusiva ao Olimpicast, videocast do No Ataque

Além de Kudiess, outras três jogadoras jovens têm aproveitado as oportunidades no meio de rede – Diana, de 26 anos, se firmou como titular ao lado da minas-tenista. Lorena, de 25, e Luzia, de 21, também ganharam espaço.

Compartilhe
Sair da versão mobile