VÔLEI

Líbero do Minas, Nyeme revela que quer virar ponteira no vôlei

De volta às quadras depois do nascimento da primeira filha, Antonella, Nyeme tem uma temporada toda pela frente com a camisa do Minas

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Líbero do Minas, Nyeme é uma jogadora polivalente. Especialista nas defesas em quadra, ela frequentemente é exaltada pelas atuações nos levantamentos. Em entrevista ao No Ataque, a jogadora de vôlei revelou que deseja jogar como ponteira no fim da carreira, posição que já ocupou em quadra no início da trajetória.

Aos 26 anos, Nyeme ainda está longe de encerrar a carreira. De volta às quadras depois do nascimento da primeira filha, Antonella, ela tem uma temporada toda pela frente com a camisa do Minas. Em tom divertido, ela brincou sobre a função como líbero.

“Eu era ponteira antes de virar líbero, até 2016, virei líbero obrigada, queria continuar sendo ponteira (risos). Virei líbero porque, se eu não me engano foi a Kika que saiu do do Bradesco, onde eu jogava e o técnico na época era o Duda, ele falou: ‘Nye, vamos treinar aqui de líbero’”.

“Eu treinava de ponteira na minha categoria e era líbero na categoria acima. No início foi de boa, porque eu atacava e era líbero. Mas quando eu tive que virar líbero, falei: ‘Ah nem, gente, líbero não faz nada, não faz ponto, só leva porrada’”, falou a atleta.

Ela relembrou que com a camisa do Minas não chegou a ter tanta liberdade para atuar em outras posições, mas na Seleção Nyeme consegue aprimorar outros fundamentos. Mesmo que a jogadora colecione habilidades, o desempenho como líbero lhe rendeu muitos títulos: bronze nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Campeonato Sul-Americano (2021 e 2023), Copa do Brasil (2022), e Superliga (2023/2024).

“Sempre amei atacar, tanto que nos treinos eu ataco direto, na Seleção, aqui o Nick (Nicola) não deixava muito, ele ficava com medo de machucar, mas na Seleção quando tinha no aquecimento eu atacava, eu não queria ficar só na posição cinco, eu falava: ‘Não, já vou ficar o treino inteiro aqui, duas horas parada, deixa eu atacar’ e eu ficava atacando”.

“E eu já falo para eles (os técnicos): ‘Ó, quando eu estiver quase acabando, me chama para jogar no seu time, mas de ponteira, não é de libero não’. Eles dizem: ‘Não, pode deixar’”, contou.

Por quê ponteira?

Além de já ter atuado como ponteira, Nyeme destacou que tem preferência por jogar na posição porque vê a função como importante e decisiva no vôlei. A líbero pretende usar a experiência anterior para fazer pontos fundamentais, seja pelo clube ou pela Seleção.

“Eu falo direto, me chama de ponteira que eu vou, de líbero já deu. Aprendi a gostar de ser líbero, mas sempre gostei (de atacar), porque eu gosto de resolver as coisas. Eu fico ‘Meu Deus, faz isso, faz aquilo’. Porque eu já fui ponteira a minha base inteira. Então, tem hora que eu falo: ‘Não era assim, é assim’. Então, vai chegar a minha vez de tomar decisão também. Porque de líbero a gente joga para o outro”.

“Eu não tenho decisão, não tem como, só se eu defender uma bola e for direto e fazer ponto. Mas quem faz ponto são as ponteiras, ou levantadoras e centrais. Então eu quero chegar a também tomar essa decisão de pontuar, de fazer a diferença também lá na rede”, falou.

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