VÔLEI

Vôlei: maior pontuadora logo na estreia, ‘joia’ do Minas dá cartão de visitas à torcida

Atleta promissora contratada pelo Minas para 2025/26 foi a maior pontuadora da vitória por 3 sets a 1 sobre o Mackenzie, pelo Mineiro Feminino de Vôlei

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Ana Rüdiger não se intimidou na sua estreia como titular do Minas Tênis Clube em uma partida oficial e deu logo seu cartão de visitar á torcida. Nesta quinta-feira (3/10), a ponteira paranaense destaque da Seleção Brasileira Sub-23 foi a maior pontuadora da vitória por 3 sets a 1 sobre o Mackenzie, na Arena UniBH, pela segunda rodada do Campeonato Mineiro Feminino de Vôlei.

Destaque ofensivo do time de Lorenzo Pintus, a cria do Barueri teve atuação de gala, foi a bola de segurança das levantadoras Fran Tomazoni e Julia Nowicka na extremidade da quadra e anotou 20 pontos – 17 de ataque e três de bloqueio.

Em entrevista exclusiva ao No Ataque, Ana comemorou a grande estreia à frente da torcida e ainda comentou sobre a disputa pela titularidade na ponta – ela brigará por suas vagas com a canadense Hilary Howe, a belo-horizontina Gleyce (titulares na vitória por 3 sets a 0 sobre o Brasília) e a ícone da torcida Pri Daroit (que foi titular ao lado de Rudiger contra o Mackenzie).

“Estou extremamente feliz, mutio feliz com a oportunidade de poder estar em quadra hoje, fiz o meu melhor, tentei dar meu melhor e fiquei muito feliz com a partida que fizemos. As meninas me ajudaram bastante em quadra também, isso ajuda muito, com certeza”, iniciou a jovem.

“Temos uma disputa bem saudável. Procuramos uma ajudar a outra, entendemos que são várias ponteiras, mas ponteiras de características diferentes. Então estamos aqui sempre pontas para o que precisar, quem estiver em quadra com certeza vai estar ali dando o seu melhor.”

Ana Rudiger, ponteira do Minas, em entrevista exclusiva ao No Ataque
Ana em ação pelo Minas no Mineiro Feminino de Vôlei - (foto: Hedgard Moraes/Minas Tênis Clube)
Ana em ação pelo Minas no Mineiro Feminino de Vôlei(foto: Hedgard Moraes/Minas Tênis Clube)

A carreira de Ana Rüdiger, nova ponteira do Minas

Nascida em Maripá, no Paraná, em 2 de janeiro de 2003, Ana Rüdiger começou na escolinha de vôlei na cidade natal e depois rumou ao vôlei de Palotina, antes de passar por Marechal Cândido Rondon. A trajetória nas cidades paranaenses se encerrou em 2021, quando fechou com o Barueri.

Em um dos anúncios da equipe paulista relacionados à atleta, foi divulgado como ela se inseriu no vôlei: “Sua trajetória no vôlei começou com uma busca para se manter ocupada durante o período de estudos. Ela experimentou diversas oficinas esportivas, até que o vôlei surgiu como a sua verdadeira paixão. Após receber uma bolsa de estudos em uma cidade vizinha para jogar no colégio, Ana se dedicou totalmente ao vôlei, enxergando ali uma oportunidade para sua vida. Desde então, ela vem se destacando”.

Esse início inusitado levou à base de um dos clubes que mais revelam atletas promissoras no país, e ela rapidamente chamou a atenção no exterior. Após disputar a Superliga em 2023/24, Ana Rüdiger foi contratada pelo Victorina Himeji, rumando ao Japão para a disputa de torneios bem distantes do Brasil – terminou em sexto na Liga Japonesa.

Mesmo assim, a ponteira de 1,86m de altura não perdeu prestígio, visto que seguiu no radar dos clubes mais poderosos do vôlei brasileiro, como o Minas, e segue nas seleções de base. E a história de Ana Rüdiger com a camisa verde-amarela passa longe de ser recente.

Como é a trajetória de Ana Rüdiger na Seleção?

A contratação do Minas passou por diversas categorias da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei e, recentemente, brilhou pelo time sub-23. Mas, por exemplo, em 2019, Ana disputou competições pelo Brasil com Júlia Kudiess, Ana Cristina e Marcelle, pilares da Seleção principal hoje em dia.

Na atual temporada de seleções, Ana Rüdiger conquistou duas medalhas e duas premiações individuais nas duas competições disputadas. Na Copa América, no início de julho, o Brasil foi bronze, e a atleta foi a segunda melhor ponteira do torneio. Essa mesmo honraria individual foi dada à contratação do Minas após a medalha de ouro no Pan-Americano Júnior, na sexta-feira (15/8).

Nas cinco partidas do Pan-Americano, Ana marcou 36 pontos – 33 de ataque, dois bloqueios e um ace – e foi a 13ª maior pontuadora da competição, sendo a segunda do Brasil – atrás apenas da central Juju, com 40. O prêmio de segunda melhor ponteira para Rüdiger foi dado pelo aproveitamento de 53,2% nos ataques – tentou 62 vezes e marcou 33 vezes.

Como Ana Rüdiger foi no Japão?

A primeira e até então única temporada de Ana Rüdiger no exterior não teve um grande protagonismo da jovem de 22 anos. Ela até chegou a disputar várias partidas na SV League – foram 36 de 46 (78,2%) -, mas era apenas acionada durante boa parte das partidas do Victorina Himeji, tanto que jogou 74 sets e marcou 114 vezes, deixando o Japão com uma média de apenas 3,16 pontos por partida.

Dessas 114 bolas cravadas, 97 foram de ataque, o que corresponde a 85%. Já as outras formas em que a nova contratação do Minas fez pontos foram em 13 bloqueios corretos e quatro saques que se tornaram aces.

O aproveitamento de Ana Rüdiger no ataque, em toda a participação na Liga do Japão, foi de 32,7%, enquanto teve números superiores na defesa. A ponteira obteve 53,3% de sucesso nas recepções durante a passagem no Victorina Himeji.

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