Vôlei

Bolsonaro preso: os jogadores de vôlei que apoiaram e criticaram o ex-presidente

Jair Bolsonaro teve apoio de nomes como Maurício Souza e Wallace e posicionamentos críticos de Ana Moser e Carol Solberg

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Condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão, o ex-presidente Jair Bolsonaro começou a cumprir a pena pelos crimes de organização criminosa, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O ex-capitão do Exército seguirá na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília – onde ele já estava cumprindo prisão preventiva. 

Durante o período na presidência da República (2019 a 2022) e na campanha para a reeleição – perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva -, Jair Bolsonaro ganhou o apoio de vários jogadores de vôlei.

Um notório apoiador de Bolsonaro é Maurício Souza. Em 2021, o ex-central da Seleção Brasileira chegou a ser recebido pelo então presidente no Palácio do Planalto em 2021.

Maurício apresenta posturas e pautas conservadoras e foi desligado do Minas após comentários considerados homofóbicos nas redes sociais.

O ativismo pró conservadorismo o impulsionou à política. Em 2022, Maurício Souza foi eleito deputado federal por Minas Gerais. Ele se candidatou pelo mesmo partido de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Caso Wallace

Wallace também é conhecido pelo alinhamento político com a direita. O posicionamento levou o jogador do Cruzeiro a um incidente grave em janeiro de 2023.

Apoiador de longa data de Jair Bolsonaro, Wallace gerou uma grande crise ao compartilhar uma enquete nas redes sociais sugerindo “dar um tiro na cara” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ato, que foi considerado incitação à violência, levou a uma suspensão cautelar pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Opositores de Bolsonaro no vôlei

O vôlei também possui atletas que se posicionaram no campo oposto. Nomes como Ana Moser (ex-jogadora e Ministra do Esporte no governo Lula) e a jogadora de vôlei de praia Carol Solberg manifestaram publicamente o apoio a candidatos de esquerda ou críticas ao governo de Bolsonaro.

Carol Solberg e Rebecca comemorando a conquista da medalha de bronze no Mundial de Vôlei de Praia - (foto: Redes sociais Volleyball World/Divulgação)
Carol Solberg e Rebecca comemorando a conquista da medalha de bronze no Mundial de Vôlei de Praia(foto: Redes sociais Volleyball World/Divulgação)

Manifestações de Carol Solberg

Em outubro de 2020, Carol Solberg foi advertida pela 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após dizer “fora, Bolsonaro” em entrevista ao vivo ao SporTV.

Inicialmente, a procuradoria do STJD queria multar a atleta em R$ 100 mil e suspendê-la de seis campeonatos, penalidade máxima no tribunal esportivo.

Na época, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) também emitiu uma nota de repúdio contra a manifestação feita por Carol.

“Eu fui perseguida, julgada e vivi coisas horríveis apenas por me manifestar contra o ex-presidente, por não me calar vendo um genocídio acontecer propositadamente ou ver ele agir como agiu durante uma pandemia”, disse à Folha em 2023.

Em 23 de novembro deste ano, dia seguinte à prisão preventiva do ex-presidente pela Polícia Federal, Carol voltou a se manifestar em comemoração pela inédita medalha de bronze no Mundial de Vôlei de Praia.

“É um dia maravilhoso para mim, estou tão feliz. E também é um dia maravilhoso para o mundo. Ontem (22/11), no Brasil, colocaram na cadeia o pior presidente de todos os tempos. Bolsonaro está preso e é tão importante que celebremos”, disse em entrevista ao vivo a um canal de TV da Austrália, onde o Mundial foi disputado.

“Estou orgulhosa de carregar essa bandeira agora. Eu nunca poderia acreditar que teríamos um presidente assim, então, temos que comemorar. Vamos comemorar, galera, Bolsonaro na cadeia, po***!”, acrescentou.

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