Atuar em alto nível requer alguns sacrifícios. Não foi diferente com a ponteira Gabi Guimarães, capitã do Brasil nas quadras de vôlei, que teve que deixar de lado o objetivo de ser mãe. Contudo, o sonho não foi descartado. Para realizá-lo, contudo, ela precisa abrir mão de outra paixão: a Seleção Brasileira.
Gabi Guimarães está na Seleção desde as categorias de base. Em 2022 ela se tornou capitã da equipe principal, depois da conquista de uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A ponteira ainda tem quatro pratas na VNL (2019, 2021, 2022, 2025), dois bronzes (2014 e 2025) e uma prata no Mundial (2022), bronze nos Jogos de Paris 2024, e foi quatro vezes campeã do Sul-Americano (2013, 2015, 2021, 2023).
Em entrevista à Elle, revista que estampou a capa na edição de dezembro, Gabi falou da aposentadoria na Seleção Brasileira e das metas que ainda deseja alcançar com a Amarelinha.
“Quero muito conquistar o Mundial de Vôlei (em 2027) e estar em Los Angeles (nos Jogos Olímpicos de 2028). Depois disso, não sei se continuo na Seleção Brasileira. Talvez jogue mais alguns anos fora e depois volte a morar no Brasil. Ainda não decidi. Não sei como vai ser”, falou.
Um desejo que está atrelado à aposentadoria na Seleção é o sonho de ser mãe. Para Gabi, todo o processo até uma possível gravidez impacta na qualidade de vida e na dedicação para isso. Caso ela ainda esteja em quadra pelo Brasil, o caminho é mais difícil, já que a exigência é maior.
“Quero construir uma família, e não só isso: quero estar perto dela. Hoje seria difícil. Não teria tempo. Mas tenho muita vontade de ter filhos. É um pensamento a longo prazo, algo pra depois, mas que já está na minha cabeça. No meu caso, eu precisaria congelar óvulos, tomar hormônios. Então, se eu estiver na Seleção, tudo fica mais complicado”, comentou Gabi.
Além da Seleção Brasileira, Gabi defende o Conegliano, da Itália, por onde também já empilha títulos. Antes disso, ela defendeu o VakifBank, da Turquia. No Brasil, passou por Mackenzie, Rio de Janeiro e Minas.