JOGOS OLÍMPICOS

Quem é Thaísa, da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei na Olimpíada?

Seleção Brasileira Feminina de Vôlei estreia na Olimpíada de Paris em 29 de julho (segunda-feira), contra o Quênia, às 8h, na Arena 1 Paris Sul
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A única que pode ser tricampeã olímpica! Thaísa é uma das 12* atletas convocadas pelo técnico José Roberto Guimarães para ir à Olimpíada de Paris 24 com a camisa da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, entre 29 de julho e 11 de agosto. A central de 1,96m e 37 anos é natural do Rio de Janeiro. Atual atleta do Minas, participará dos Jogos Olímpicos pela quarta vez.

Ativa profissionalmente há 23 anos, Thaísa tem muito mais do que a experiência para oferecer. A central é sinônimo de competitividade, foco, força e glória. Respeitada em todo o cenário do vôlei, é uma das ‘armas’ de Zé Roberto.

*A líbero Natinha, do Praia Clube, é a jogadora coringa, a 13ª. Ou seja, ela está liberada para assistir aos jogos e participar dos treinos, mas só poderá atuar caso alguma companheira seja cortada por lesão. De forma inédita em Olimpíada, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) autorizou que as seleções inscrevam essa suplente.

Trajetória de Thaísa por clubes 

Thaísa fez história por onde passou. Começou a carreira no Tijuca em 2001. No ano seguinte, se transferiu ao Minas para a primeira passagem. Lá, iniciou a trajetória vitoriosa. O primeiro ouro foi no Campeonato Mineiro (2003/04), com apenas 15 anos. Naquele período, encerrou a Superliga como vice-campeã duas vezes. Em 2005, a central assinou com o Sesc, atual Flamengo. Em três temporadas, venceu duas edições da antiga Copa Salonpas (2006/07 e 2007/18), três do Campeonato Carioca (2005/06, 2006/07 e 2007/08), uma do extinto Torneio Internacional Top Volley (2006/07), uma da Copa Brasil (2007/08), três da Superliga (2005/06, 2006/07 e 2007/08).

Em 2008, Thaísa fechou com o Osasco. Foram oito temporadas em São Paulo recheadas de conquistas: Copa Salonpas (2008/09), Campeonato Paulista (2008/19, 2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2015/16), Top Volley (2014/15), Copa Brasil (2008/09 e 2013/14), Superliga (2009/10 e 2011/12), Mundial de Clubes (2012/13) e Sul-Americano (2009/10, 2010/11 e 2011/12).

Grave lesão

A bicampeã olímpica se aventurou no vôlei estrangeiro na temporada 2016/17, quando vestiu a camisa do Eczacıbaşı, da Turquia. Em 2017, venceu o Mundial novamente, mas viveu um dos momentos mais desafiadores da carreira. Lesionou gravemente o joelho esquerdo. Artroscopia, menisco estourado e injeções para burlar a dor até não aguentar mais. Na sequência, uma luxação no tornozelo a motivou a dar a devida atenção ao joelho. Àquela altura, a central chegou a ouvir que não jogaria mais. Ela não desistiu. Fez transplante de cartilagem e aderiu o aparelho à perna esquerda. Na base da força de vontade e dos tratamentos, retornou às quadras e recuperou o destaque – palavra que sempre foi companheira de carreira. 

Retorno vitorioso ao Minas

No mesmo ano, voltou para o vôlei brasileiro para defender o Barueri. Em 2019, retornou ao Minas, clube pelo qual atua até então. Na segunda passagem por Belo Horizonte, recuperou o alto nível e reencontrou o caminho das vitórias. Desde então, venceu duas edições do Mineiro (2020/21 e 2022/23), uma da Supercopa (2023/24), duas da Copa Brasil (2020/21 e 2022/23), três da Superliga (2020/21, 2021/22 e 2023/24) e três do Sul-Americano (2019/20, 2021/22 e 2023/23). Na última edição da Superliga, que joga desde os 16 anos, ultrapassou os cinco mil pontos no torneio.

Thaísa na Seleção Brasileira

Zé Roberto, comandante da Seleção Brasileira há 21 anos, convocou Thaísa pela primeira vez em 2007. Estreou nos Jogos Pan-Americanos e terminou com a prata. Depois disso, escreveu o nome na história da equipe nacional. Venceu quatro edições da Copa Internacional (2007, 2010, 2011 e 2016), cinco do Grand Prix (2008, 2009, 2013, 2014 e 2016), quatro do Sul-Americano (2007, 2011, 2013 e 2023), uma do Pan-Americano (2011) e duas da Olimpíada (Pequim 2008 e Londres 2012).

Em 2019, ela alegou desgaste físico e, com foco na duração da carreira, pediu dispensa da Seleção Brasileira. Consequentemente, ficou fora da Olimpíada de 2020, em Tóquio. Em maio de 2023, o que os fãs do voleibol desejavam aconteceu. Ela anunciou o retorno à Seleção para jogar a Liga das Nações. A última aparição com a amarelinha tinha sido no Mundial de 2018.

Peça essencial na equipe brasileira, Thaísa chega a Paris com sede do terceiro ouro olímpico. Se conquistar, será a única atleta do vôlei a atingir o feito. Entre as outras bicampeãs, apenas Fabi Claudino segue na ativa, mas fora da Seleção Brasileira.

Quem é Thaísa?

  • Nome: Thaísa Daher de Menezes
  • Modalidade: vôlei
  • Data de nascimento: 15/5/1987 (37 anos)
  • Local de nascimento: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
  • Olimpíadas anteriores: ouro em Pequim 2008, ouro em Londres 2012 e queda nas quartas de final em Rio 2016
  • Principais conquistas: Superliga (2005/06, 2006/07, 2007/08, 2009/10, 2011/12, 2020/21, 2021/22 e 2023/24), Mundial de Clubes (2012/13 e 2016/17), Sul-Americano de clubes (2009/10, 2010/11, 2011/12, 2019/20, 2021/22 e 2023/23), Grand Prix (2008, 2009, 2013, 2014 e 2016), Sul-Americano de seleções (2007, 2011, 2013 e 2023), Olimpíadas (2008 e 2012), entre outras

Participações de Thaísa na Olimpíada de Paris

  • 29/7 – 8h – Brasil x Quênia
  • 1º/8 – 8h – Brasil x Japão
  • 4/8 – 16h – Brasil x Polônia
  • 6/8 – quartas de final
  • 8/8 – semifinais
  • 10/8 – disputa pelo bronze
  • 11/8 – final
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