JOGOS OLÍMPICOS

Vôlei: Gabi e Thaisa tornam públicas recomendações para evitar redes sociais em Paris 2024

Em busca do terceiro ouro olímpico, Seleção Brasileira Feminina de Vôlei deseja evitar qualquer interferência negativa durante a Olimpíada de Paris 2024
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As redes sociais podem ser plataformas de apoio. É por lá que torcedores distantes desejam sorte e se aproximam dos ídolos. Mas, ao mesmo tempo, representam perigo e são carregadas de toxicidade. Portanto, para evitar qualquer interferência negativa durante a Olimpíada de Paris 2024, as jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, assim como a comissão técnica, optaram por maneirar no uso da tecnologia.

Focadas na briga pelo ouro, as atletas brasileiras têm buscado maneiras de ‘blindar’ o elenco. Não se expor tanto nas redes sociais é uma alternativa. Após a vitória por 3 sets a 0 sobre o Quênia, pela primeira rodada do Grupo B, a capitã Gabi Guimarães e a central Thaisa tornaram públicas as recomendações para evitar tanta preocupação com o meio.

Postura de capitã

Ao No Ataque, a capitã da Seleção Brasileira disse se preocupar com a integridade mental das companheiras com menos experiência: “A gente (mais experientes) está um pouco mais acostumada a lidar com as redes sociais. Nós não nascemos com o telefone na mão. Eu sinto que é muito fácil para a gente se desconectar. Postar uma foto, chamar a galera para a torcida e já se prepara, se desconecta. A gente teve um cuidado, a gente teve essa conversa com as mais novas, principalmente aquelas que nunca viveram os Jogos Olímpicos”.

Na sequência, ela detalhou o bate-papo: “A gente conversou bastante. ‘A partir do momento que começarem os Jogos Olímpicos, vamos nos conectar, nos desconectar de rede social, de comentários, de reportagens’. Claro, dar as entrevistas que temos que dar, curtir a família que tiver que curtir, mas pedir para as pessoas que estão em volta da gente conseguir lidar, já que é um tiro curtíssimo, são seis partidas em busca do nosso grande objetivo”.

Gabi ressaltou que a experiência conta no momento de lidar com a pressão. Por isso, a intenção é que as atletas que já vivenciaram a Olimpíada auxiliem as mais novas. Na visão da capitã, a equipe está focada e blindada para atingir o ápice. “Esse time merece muito, a gente tem um potencial muito grande”, concluiu.

A líbero Nyeme, a central Diana, as opostas Lorenne e Tainara e a ponteira Júlia Bergmann disputam a Olimpíada pela primeira vez na carreira. As levantadoras Macris e Roberta, a oposta Rosamaria, a ponteira Ana Cristina e a central Carol participam dos Jogos Olímpicos pela segunda vez. Gabi está na terceira edição. Enquanto Thaisa vive a quarta experiência olímpica.

Use com moderação

Experiência não falta para Thaisa. A central integrou os elencos da Seleção Brasileira que conquistaram o ouro em Pequim 2008 e Londres 2012. Hoje, tem a missão de tranquilizar e comandar as mais novas.

Para ela, o cuidado é necessário, mas curtir o momento é essencial. “Não vejo elas lendo comentários, vendo nada assim. Na verdade, conversaram para evitar um pouco e tentar deixar para lá um pouquinho. Tira uma foto, posta. Porque é um momento que tem que curtir. Você tá vivendo uma Olimpíada, se não puder fazer nada, é pesado. Então, se divirta, poste sua fotinho, mas não fique ouvindo e prestando atenção”, explicou ao No Ataque.

Para a central, o momento de se inteirar é após os Jogos Olímpicos. A opinião precedeu o argumento: “Você pode ir do céu ao inferno em um jogo, né? Em um momento. Então é tentar se blindar ao máximo”.

Assim como Gabi, Thaisa enxerga potencial no time. “Estão todas bem focadas. Nosso time é consciente em relação a isso. A gente aproveitou o único dia de folga que a gente teve pra tirar uma fotinho aqui e ali. Agora a gente está determinada a conseguir essa medalha de ouro”.

O que pensa a comissão técnica?

A ideia de ter cuidado no uso das redes sociais partiu justamente do técnico José Roberto Guimarães e da comissão técnica. O comandante explicou que dão atenção a quem mais necessita: “Existem pessoas que são do bem, existem pessoas que comentam por comentar, não gostam de tal jogadora, preferem outra, enfim. Esse é o grupo e a gente tem que olhar para dentro do nosso time, para quem precisa de ajuda dentro do time, quem precisa de a gente estar um pouquinho mais próximo”.

Posteriormente, o treinador detalhou que a equipe está unida e, por isso, não tem grandes preocupações: “Elas têm feito tudo juntas, em termos de almoço, de jantar, dentro da vila. O comportamento delas têm sido muito bom, então eu não estou vendo ninguém assim, ‘ó, falaram isso, falaram aquilo em rede social’. Estou procurando saber como é que cada uma está, como é que dormiu, como é que está comendo, como é que está se sentindo”.

Pelo fato de o torneio ser curto, focar no que interessa é fundamental: “Se a gente conseguir chegar até a final dia 11, em menos de duas semanas, se a gente conseguir se fechar e se preocupar só com o time, com os adversários, com a nossa família e com os amigos seria de bom tamanho”.

Próximos jogos da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei

De fato, concentração será exigida na sequência do torneio. Ainda na fase de grupos, a Seleção Brasileira tem pela frente duas pedreiras: Japão e Polônia. As duas equipes, inclusive, derrotaram o Brasil na Liga das Nações Feminina de Vôlei (VNL), antes dos Jogos Olímpicos.

  • Brasil x Japão – 1º/8 (quinta-feira) – 8h – Arena Paris Sul
  • Brasil x Polônia – 4/8 (domingo) – 16h – Arena Paris Sul

Leia também: Thaisa tem motivação extra contra próximo rival do Brasil em Paris 2024: ‘Na raiva também’

Datas do mata-mata

  • 6/8 – quartas de final
  • 8/8 – semifinais
  • 10/8 – disputa pelo bronze
  • 11/8 – final
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