A prata para o Brasil no vôlei feminino teve gosto amargo. Isso porque a Seleção começou a partida contra a República Dominicana em alto nível, mas não conseguiu mantê-lo. Dominada, perdeu a final do Pan-Americano para as caribenhas por 3 sets a 0 (25/23, 25/16 e 25/19) nesta quinta-feira (26/10).
Desta forma, a equipe das irmãs Brayelin e Jineiry Martinez, conhecidas no país por terem atuado no Praia Clube, conquistou o terceiro título do Pan – que se junta a um bronze. O Brasil, por sua vez, alcançou a quarta medalha de prata no evento. Agora, soma 10 – quatro de ouro, quatro de prata e duas de bronze.
Em segundo lugar, a Seleção voltou a subir no pódio do Pan-Americano. Na edição de 2019, em Lima, a Argentina foi melhor e derrotou o Brasil na briga pelo terceiro lugar. Já a última medalha dourada obtida pela Seleção no evento foi em 2011, ao vencer a Cuba.
As duas equipes já garantiram vaga para a Olimpíada de 2024, em Paris, por meio do Pré-Olímpico, disputado em setembro deste ano.
O jogo
O técnico Paulo Coco escalou Naiane, Maiara Basso, Naiane, Maiara Basso, Lorena, Sabrina, Larissa, Helena e Laís como titulares. Marcos Kwiek, treinador da República Dominicana, entrou com Marte, Arias, Peña, Brayelin Martinez, Jineiry Martinez, Gonzalez e Brenda Castillo.
Equilíbrio foi a palavra que marcou a primeira etapa. Em ataque eficiente, Helena, a maior jogadora da Seleção Brasileira, abriu o marcador. De cheque, a adversária empatou. Está aí um desenho da parcial. Lá e cá.
Por um momento, o Brasil chegou a abrir 9 a 6. A República, no entanto, correu atrás do prejuízo e virou. Àquela altura, a eficiência brasileira no saque e no bloqueio foi primordial para a retomada do placar. Então, Brayelin Martinez apareceu. A Seleção não conseguiu administrar a regularidade e perdeu por 25 a 23.
As estatísticas da parcial ilustram o equilíbrio da primeira parcial. Cada time bloqueou seis vezes. O Brasil teve 40% de aproveitamento no ataque. Enquanto isso, a República Dominicana registrou 34%.
Segundo set
Mais uma vez, o Brasil tirou o placar do zero no segundo set. O ponto, no entanto, não deu o gás que a Seleção precisava. Muito pelo contrário. Em um piscar de olhos, a República Dominicana abriu 9 a 1.
As jogadoras rivais foram superiores em toda a parcial. O Brasil, por sua vez, errou muito e não foi capaz de reagir. Restava para o time de Paulo Coco pensar no terceiro set.
Então, sem dificuldades e com 45% de aproveitamento no ataque, a República Dominicana fechou novamente por 25 a 16. Na segunda etapa, a Seleção registrou apenas 25% de eficiência.
Terceiro set
O intervalo foi importante para o Brasil retomar a concentração. Tanto é que o início do terceiro set foi semelhante ao primeiro. Mas parou por ali. Bem postadas defensivamente, as caribenhas retomaram o controle da parcial e fecharam num ace de Martinez por 25 a 19.